Comunicação na construção universal II – capítulo 13

Dando sequência ao capítulo anterior, vamos colocar mais uns esclarecimentos sobre o tema COMUNICAÇÃO NA CONSTRUÇÃO UNIVERSAL.

Os universos são formados para que essa obra divina expanda o espírito de seu Criador. Para que isto ocorra, conforme já afirmado anteriormente, é necessário que tudo no universo se comunique. Pois bem, nada é realizado sem que ocorra a comunicação, pois ela reflete a interação entre a individualidade e as ferramentas usadas para que possa desenvolver os meios capazes de leva-la a perfeição.

Constituídas as individualidades com o fito da expansão através do aperfeiçoamento, cada uma forma o seu próprio campo energético, constituindo-se este em uma ferramenta adequada ao mister do aperfeiçoamento. O campo energético é quem orientará as individualidades fornecendo todos os dados necessários para que elas possam se orientar sobre como fazer o seu aperfeiçoamento.

Nós também afirmamos que a individualidade é constituída de espírito e matéria. O espírito é imaterial e é quem dirige tudo, pois, trata-se do portador da sabedoria divina.

Para que o espírito possa determinar como será o desenvolvimento dos meios pelos quais ocorrerá o desenrolar da caminhada rumo a perfeição, faz-se necessário a constituição de um banco de memórias, uma vez que a seleção do novo ato a ser desenvolvido, terá como base o anteriormente efetuado.

A fixação de um determinado comportamento se dá exclusivamente em função da escolha dos atos que melhor se coadunam com a lei da harmonia, lei essa, que está na base da constituição e organização do universo. Desta forma, é possível constatar a importância de saber qual e como foi o ato praticado anteriormente. Levando em consideração os atos anteriormente praticados, serão desenvolvidos os novos, até que o mais coadunante com a harmonia, seja aplicado na fixação do comportamento a ser escolhido para o seu desenvolvimento, com vistas o atingimento da perfeição.

No aperfeiçoamento da individualidade, a principal comunicação que existe é aquela que ocorre entre o espírito e a matéria, uma vez que é ela a geradora de toda construção universal. Essa comunicação inicia-se com a estruturação da matéria que irá gerar o universo., instrumento que servirá para a partícula espiritual desenvolver a sua expansão.

O espírito é detentor de toda sabedoria divina, porém quando ocorre sua integração com a matéria, esta, torna-se o limitante do acesso a essa sabedoria, uma vez que ela, sabedoria, está ligada ao imaterial de que se constitui o espírito. Para que a individualidade possa ter acesso a essa sabedoria, necessita ela de fazer experimentos através dos quais vai se livrando da parte material de sua constituição.

Neste ponto é bom esclarecer que a matéria de que falamos não se trata apenas da matéria conhecida pelo terráqueo, ou seja, a matéria formada pelos estados sólido, líquido, gasoso e plasmático, tal como é conhecida hoje em dia, mas, por uma matéria que vai deste estado denso até um estado altamente sutil, incapaz de ser percebido pelas individualidades que hoje se encontram nessa primeira fase de evolução.

Aqui nós podemos verificar claramente que a primeira comunicação ocorre entre espírito e matéria. Toda e qualquer comunicação somente deixará de existir quando o espírito da individualidade, expandido, voltar a integrar o espírito maior que é o do seu Criador, pois neste caso estará completamente desligado da matéria.

O espírito integra totalmente a matéria, por essa razão é que alguns estudiosos terráqueos já tem consciência que a vontade do espírito prevalece sobre o corpo físico. Basta verificar que a vontade forte em conjunto com a fé, é capaz de operar verdadeiros “milagres”, haja vista, curas de câncer e outras enfermidades. Por ser o espírito dominante da matéria, é capaz de modificar até as estruturas moleculares para impor sua vontade.

Em se tratando da individualidade ser humano terráqueo, alguns estudiosos hoje já descobriram e tem como certo, que o comando do espírito sobre a matéria é uma realidade. Vejamos: dentro do estudo da consciência sistêmica fala-se em traços de caráter. Esses traços de caráter são forças do corpo e da mente que ajudam a moldar as identidades, emoções, comportamentos e até a modelagem do corpo físico, ocorrem desde o início da gestação do novo ser humano. Para que o espírito possa moldar os traços de cada um, ele recorre ao denominado trauma que, para nós, é apenas a reflexão de uma emoção mais forte, para que o espírito modele o corpo de acordo com sua necessidade evolutiva. Essa necessidade evolutiva está inscrita no campo energético de cada uma das individualidades.

Alguns estudiosos, classificam esses traços em número de cinco, que são elencados em: esquizoide, oral, psicopata, masoquista e rígido. Cada traço desses molda o corpo físico da individualidade de acordo com a necessidade de seu espírito. O espírito, através do campo energético, vai verificar a necessidade de oportunidades para o seu aprendizado evolutivo, através dos formatos de estruturação de seu corpo físico.

Esses formatos tomam assento quando ocorrem situações marcantes oportunizadas pela mãe, primeiramente, e depois pelo pai e, em seguida, pelos membros da família. Na sequência os que estão mais próximos são os atores que irão oportunizar situações para que a individualidade busque o aprimoramento através delas, criadas para esse mister.

Cada espírito do ser humano constrói o corpo mais apropriado para que com ele possa desenvolver o seu aprendizado, cujo aprendizado será efetuado mediante as ocorrências fáticas de seus atos do dia a dia, durante o seu período de existência naquele determinado corpo físico.

Segundo alguns estudiosos é possível dividir a formação dos traços de caráter em cinco, que ocorrem durante o desenvolvimento do corpo físico do ser humano. O primeiro deles a se formar é o esquizoide. Essa formação ocorre ainda dentro do útero materno e se prolonga até aproximadamente 30 dias após o nascimento. Esse personagem tem características especiais, as quais geram o corpo adequado para resolver determinados problemas que traz de vidas anteriores e que deverá superar com o aprendizado que poderá fazer durante a presente estada no corpo físico.

Temos que deixar bem claro que cada uma das individualidades aqui entendidas como ser humano, tem um traço de caráter mais acentuado, porém todas podem ter alguma coisa dos demais traços. Falamos que sempre há uma predominância de um determinado traço de caráter. A grosso modo essa predominância determinará o formato como será construído o corpo físico da individualidade, aqui falando sobre o ser humano como tal.

Cada individualidade permanece um determinado tempo em cada um dos planos de existência, ou seja, plano físico e plano espiritual. Entendemos por plano físico esse em que a individualidade permanece atrelado a um corpo físico e plano espiritual aquele em que a individualidade continua com a matéria mais sutil e livre do corpo físico.

Quando a individualidade se encontra no plano espiritual o espírito tem mais liberdade para acessar a sua memória, o que pode fazer melhor com auxílio das demais individualidades que se encontram na administração da organização espiritual. Esses administradores orientam as individualidades como elas devem proceder para ter conhecimento do que já fizeram em seu aprendizado e como deverão proceder buscar os meios para dar continuidade a ele.

Em conjunto estudam o que cada individualidade deverá experienciar na próxima vinda ao corpo físico, momento em que as individualidades escolherão o tempo, o que irão experienciar e na companhia de quem farão essa caminhada com o retorno ao mundo físico.

Este é um momento de grandes estudos e preparação para buscar entender o caráter educativo que pode advir de determinadas circunstâncias em face de acontecimentos surgidos com a necessidade do aprendizado. É importante esclarecer que não existe “destino”, o que existe são planejamentos que podem dar certo ou não, o que vai depender de cada um, de acordo com sua vontade de acertar. Muitas vezes se planeja fazer uma estada prolongada e, por algum descuido ou desinteresse, o ser encarnado vê sua trajetória interrompida.

É muito complexo o desenrolar do aprendizado mediante o surgimento das oportunidades para esse mister. Deve-se levar em consideração que a individualidade que se encontra no aprendizado, esquece totalmente de seu passado e também o seu planejamento continua oculto à sua consciência, isto por motivos de que consciente o ser não será capaz de tomar a decisão correta rumo a harmonia, que é o buscado por cada um e introjetar esse resultado em sua evolução.

Em cada estada na carne, o espírito necessita de novas ocorrências para introjetar o resultado obtido com o desenrolar dos acontecimentos durante esse tempo. Para que isso aconteça dentro da normalidade, se faz necessário que haja uma completa comunicação entre espírito e matéria de uma forma mais complexa.

A partir da primeira forma de comunicação primária e que se opera entre espírito/matéria, as demais formas de comunicação vão ocorrendo como as descritas no capítulo anterior deste livro. Nós também já afirmamos que cada individualidade possui uma memória espiritual que permanece junto ao espírito. Essa memória é acessada somente quando a individualidade terá de praticar determinados atos comportamentais para efetuar a fixação de seu aprendizado. Muitas vezes a comunicação entre espírito e matéria se opera de maneira que a individualidade não possa perceber dita comunicação de modo consciente, pois está aquém de seu interesse consciencial.

É preciso entender que o espírito tem o completo domínio sobre todo esse sistema memorial e ele somente poderá ser acessado quando o resultado do acesso não interferir na sua conduta evolutiva. Tudo o que está nesse banco de dados é de utilização da individualidade, de acordo com sua necessidade, sejam eles conscientes ou inconscientes. Nada é disponibilizado sem que haja uma necessidade premente.

Existem meios para acessar algumas informações existentes nessa memória espiritual, cujos acessos se dão por pessoas especializadas em hipnotismo, em regressão de memória até através de médiuns, porém o acesso as estas informações estarão sempre restritas a necessidade que a individualidade tenha sobre o tema. O terráqueo ainda é incapaz de saber perfeitamente se o que foi extraído é a realidade fática ou se é apenas fantasia guardada pelo espírito para ser utilizado em determinado momento.

Toda individualidade age de acordo com sua necessidade de aprendizado. O banco de memórias espiritual é capaz de informar sempre que for solicitado, qual e como devem ser realizados os próximos atos visando o aprendizado. Sabemos que toda individualidade forma o seu campo energético e esse campo energético é quem determina o que deve e como ser feito para que ela possa introjetar o seu aprendizado.

Todo aprendizado a que damos o nome de evolução, é a introjeção do resultado que está dentro das regras da harmonia, no campo energético da individualidade. Esse aprendizado altera o campo energético e serve de base para dar continuidade aos novos aprendizados que a individualidade terá que fazer até encontrar a perfeição.

Todos os problemas geradores de situações que levam a individualidade escolher o melhor ato a ser praticado para introjeção, vem da ação do campo energético que proporciona as coordenadas para a realização desses atos necessários ao aprimoramento. Também aí se verifica a complexidade da comunicação na ordenação do trabalho desenvolvido.

É sempre bom ter em mente que toda individualidade, começando pelo planeta, nesse caso, o planeta terra, é composta pela partícula espiritual e matéria. Cada individualidade tem o seu espírito que está estruturando a matéria e, por isso, dizemos que essa matéria é composta de elementos mais densos e menos densos. O elemento mais denso compõe a matéria do corpo físico de toda individualidade. Essa matéria densa é aquela que definimos nos quatro estados: sólido, líquido, gasoso e plasmático. Como afirmamos, a matéria é composta de outros elementos mais sutis, que existem em escalas que a formam, desde a matéria mais densa conhecida pelo terráqueo, até a mais sutil, ainda desconhecida por ele.

Assim podemos dizer que toda individualidade tem o seu espírito e sua matéria e, consequentemente, cada uma tem um corpo material. Esse corpo material, enquanto formado de elementos compositores da matéria mais densa o designamos como corpo físico. Como afirmamos que a matéria que compõe a individualidade é formada de matéria densa e matéria sutil, definimos como matéria sutil toda a matéria que está além da visão terráquea. A esta altura podemos dizer que a individualidade, em determinados períodos de tempo, tem um corpo físico e em outros, tem apenas o corpo sutil, assim designado o corpo de matéria sutil que faz parte integrante da individualidade.

Tanto o corpo físico quanto o corpo sutil, mantêm comunicação entre todas as individualidades. Para que isto seja possível, os corpos físicos e sutis, como já dissemos, constroem uma ferramenta que arquiva tudo o que acontece com cada uma, com a finalidade especial de dar sequência ao seu aperfeiçoamento. Essa ferramenta que instrui a comunicação, nós a denominamos campo energético. Muito bem, como tudo no universo se comunica, a individualidade necessita fazer uma comunicação dizendo onde se encontra e o que faz naquele lugar. Para que isto seja possível, ela vai usar a citada ferramenta denominada campo energético, formada para esta finalidade.

Desta forma, devemos pensar num campo energético para cada individualidade, campo esse que está além do corpo físico, pois a matéria que a compõe pode estar num estado denso ou sutil.

Todas as individualidades, desde sua constituição, possuem um sentimento proporcionado pela partícula espiritual. O sentimento é um indicativo de que elas têm vida própria, além de ser uma comunicação formativa das condições para que ela se desenvolva, é uma forma de interação com o mundo exterior.

Quando as individualidades estão no mesmo nível evolutivo, a comunicação se opera com mais facilidade. Quando, porém, ela se encontra entre níveis diferentes de evolução, a dificuldade de interação entre elas é uma constante, tal qual a comunicação de seres humanos de linguagens diferentes.

Há algum tempo os seres humanos tem se esmerado um pouco mais na busca da interação entre individualidades de diferentes níveis de evolução. Toda vez que uma individualidade se vê isolada, acaba buscando os meios adequados para se integrar novamente às demais. Tudo isso é decorrente da unidade universal, pois que a existência tem um tronco comum de onde tudo se originou.

O maior problema que existe no desenvolvimento das individualidades é que muitas das que se julgam mais avançadas na evolução, se acham superiores as que ainda estão em um estágio iniciante. Esse problema será amenizado no dia em que as individualidades se derem conta de que nada é superior, mas todos são exatamente iguais, apenas se encontram em estágios diferentes, pelos quais todos impreterivelmente passarão até alcançar a perfeição. Não devemos nunca esquecer de que tudo o que surge são meios para se alcançar o conhecimento do melhor caminho a ser percorrido na caminhada evolutiva.

Enquanto as individualidades estiveram sendo regidas pelo programa instintivo, não possuem “maldade”, apenas cumprem o papel na qual estão embutidas sob o manto do instinto.

É natural que as individualidades que se encontram em um patamar menos elevado, sempre contam com a ajuda dos que estão à sua frente. Após o livre arbítrio essa ajuda é esperada das individualidades, em assim não agindo terão elas as respostas adequadas a seus atos negligenciados, muitas vezes propositadamente, mas que são efetuados no dia a dia.

Por se julgarem superiores as demais individualidades, aquelas dotadas de livre arbítrio, terão nas respostas aos seus atos um maior sofrimento, pois, possuem um raciocínio mais elaborado, o que lhes permite reconhecer nele, a sua negligência.

Todas as ações efetuadas pelas individualidades que ainda não alcançaram o livre arbítrio, têm para si um caráter de evolução e para as que alcançaram, tem como finalidade mostrar o caminho da harmonia.

Como as individualidades que ainda não alcançaram o livre arbítrio são regidas pelos comandos do programa instintivo, a ação de cada uma, está sempre de acordo com as regras da harmonia, pois, dentro destas regras toda ação está voltada para a sobrevivência de cada uma e na organização das espécies em seus habitats.

O sentimento de cada individualidade vai ampliando ao longo de sua existência e quanto mais evolui, mais fácil se torna perceber que elas são dotadas desse sentimento, cujo sentimento a levará no despertar do livre arbítrio.

O sentimento de que falamos, quando em um estágio mais avançado, podemos designá-los como amor, sentimento esse que pode ser visto através dos animais, principalmente no cuidado com a própria vida e com os filhotes.

Está presente também o sentimento do medo da morte, principalmente quando está impedido de exercer sua capacidade de fuga ou enfrentamento. Muito presente também pode-se notar o sentimento social, sentimento de ajuda ao outro. Sentimento da separação que é muito comum entre determinados “animais”, o sentimento da necessidade de manter-se vivo.

Muitos animais tem o sentimento de estarem sendo pesados aos seus companheiros, quando buscam isolarem-se em determinadas ocasiões em que se veem no final da existência corpórea. Outros animais tem claro que chegou o tempo de partirem e, por isso, se isolam negando-se a se alimentarem, isto ocorre através do sentimento que os intuem a saber sobre o final de sua existência física.

Falamos um pouco sobre o sentimento dos animais, cujos sentimentos o ser humano tem mais facilidade em observar, uma vez que o sentimento faz parte de todas as individualidades, desde a origem.

Existem estudos onde determinados povos cultuam “figuras” do reino mineral e do reino vegetal, nominando-as como sendo seres divinos ou espíritos, aos quais pedem proteção ou fogem com medo da possibilidade de reações violentas.

Quando se toca no assunto em que a individualidade portadora do livre arbítrio menciona como animais irracionais determinadas individualidades que ainda não alcançaram o livre arbítrio, desconhece ela que todos possuem o sentimento e que todos estão desenvolvendo o raciocínio ao longo de sua existência. Por este motivo, não é razoável denomina-los irracionais pois estão no processo de desenvolvimento dessa habilidade.

Todos os “animais irracionais”, são portadores do sentimento e é de bom alvitre, começar a dar valor nos atributos que eles possuem e que muitas vezes não são capazes de transmitir na linguagem coloquial, à individualidade com livre arbítrio, o seu sentimento.

Os primeiros sentimentos, já mencionados, como amor, dor, medo, conservação da vida é o indicativo que todos deveriam observar, pois esses sentimentos quando desprezados ou rejeitados, podem ocasionar muito sofrimento a quem os produziu e, consequentemente, gerará resultados que podem ser agradáveis ou desagradáveis. A lei da ação e reação está presente em todos os atos praticados pela individualidade. As individualidades portadoras do livre arbítrio principalmente, é capaz de perceber mais facilmente ditas reações e ter consciência delas.

Quanto mais próximo da obtenção do livre arbítrio, maior são as consequências geradas pelos atos que provocam os sentimentos nessas individualidades. Uma vez que todas as individualidades possuem o seu campo energético, todas reações aos seus atos estarão compondo este campo.

Sabemos que o campo energético é a ferramenta que cada individualidade, dotada de livre arbítrio utiliza, ainda que inconscientemente, para desenvolver o seu trabalho de aprendizado na busca da harmonia. Desta forma, essas individualidades serão os atores de situações criadas para que elas possam entender o caráter educativo das respostas, cujas respostas são recebidas em razão dos atos praticados que atingem os menos evoluídos.

Mais uma vez aqui é possível perceber a importância da comunicação no desenvolvimento de cada individualidade e dela para com as demais, gerando as situações elaboradas com a prática dos atos do dia a dia.

Quando mencionamos o campo energético, estamos falando sobre os meios de comunicação mais sofisticados que existem, cujos meios determinam o estabelecimento das condições necessárias para que as individualidades encontrem as demais e os acontecimentos necessários ao seu aprendizado, enquanto portadoras do corpo físico.

Agora no plano onde as individualidades estão desprovidas do corpo físico, a comunicação se opera mais através do pensamento. Também ali existe a comunicação escalonada onde as individualidades mais avançadas têm a capacidade de captar as comunicações das menos avançadas, pois aí impera o bloqueio que é feito pela matéria sutil em que se acha envolvida a individualidade. Nesse patamar as individualidades com menor avanço evolutivo, não têm capacidade de captar determinadas comunicações operadas entres as de maior evolução.

Quando se trata de individualidades que estão vivendo em escalas diferentes, ou seja, portadoras de corpo físico e as não portadoras de corpo físico, o meio de comunicação se desenvolve exclusivamente através do pensamento. A individualidade detentora do corpo físico recebe o pensamento da individualidade que se encontra sem o corpo físico e manifesta esse pensamento através de seus meios de comunicação expressos pelo instrumento físico. Esses pensamentos também podem ser expressos pelo receptor, através da comunicação escrita ou falada. As comunicações podem ocorrer com todas as individualidades, porém algumas tem maior sensibilidade que outras.

Ao concluir o presente capítulo deixamos aqui uma reflexão sobre a comunicação elaborada pelos “animais irracionais”, quando eles se tornam vítimas dos seres com livre arbítrio, no momento em que são retirados de seus habitats e confinados através dos mais cruéis meios de opressão. São manipulados até com certo sarcasmo, tudo em função de proporcionar ao detentor do livre arbítrio, um trabalho escravo e, outras vezes, são sacrificados com crueldade para satisfazer o instinto primitivo de devorar suas carnes e os produtos deles derivados, deleitando-se com o sofrimento impingido a eles.

Como já colocado, a comunicação de tudo o que ocorre irá compor o campo energético da individualidade que propiciou tais acontecimentos, quando efetuados, trarão, consequentemente, a reação devida a cada um, como forma de educação evolutiva.

Bela Vista do Paraíso, 24 de novembro de 2022

Caetano Zaganini