A VIDA COMO ELA É – Capítulo 11

Muitas perguntas surgem quando falamos em vida. O que é vida? Como devemos entende-la? Como a ciência a vê e como o ser humano a define?

No artigo publicado por Khan Academy encontramos algo sobre vida, a seguir o reportamos:

“O que é vida?

Aprenda sobre as propriedades básicas da vida e também sobre os debates que ainda ocorrem sobre a definição do que é vida.

Introdução

No vídeo sobre introdução à biologia, definimos biologia como sendo o ramo da ciência que estuda os organismos vivos. É uma definição bem simples. No entanto, podemos fazer perguntas mais difíceis e interessantes com essa definição: o que é vida? O que significa estar vivo?

Eu e você estamos vivos. O cachorro que está latindo está vivo, a árvore na frente de casa também está viva. Porém, a neve que cai das nuvens não é viva. O computador no qual você está lendo este artigo não está vivo, tão pouco uma cadeira ou mesa. As partes da cadeira feita de madeira um dia estiveram vivas, mas não estão mais. Se você queimar a madeira com fogo, o fogo também não estaria vivo.

O que define a vida? Como podemos dizer que uma coisa está viva e outra não? A maioria das pessoas tem uma compreensão intuitiva do que significa algo estar vivo. No entanto, é muito difícil chegar a uma definição precisa da vida. Por causa disso, muitas definições de vida são operacionais — nos permitem separar seres vivos de seres não-vivos, mas realmente não definem precisamente o que é vida. Para fazer essa separação, devemos fazer uma lista de propriedades que são unicamente característica dos organismos vivos.

Propriedades da vida

Os biólogos identificaram várias características comuns a todos os organismos vivos que conhecemos. Embora seres inanimados possam apresentar algumas dessas características, só os seres vivos as possuem na totalidade.

1. Organização

Os seres vivos são altamente organizados, significa que eles contêm peças especializadas e coordenadas. Todos os organismos vivos são constituídos por uma ou mais células, que são consideradas as unidades fundamentais da vida.

Até os organismos unicelulares são complexos! Dentro de cada célula, os átomos formam moléculas, que formam estruturas e organelas celulares. Nos organismos multicelulares as células semelhantes formam tecidos. Os tecidos, por sua vez, participam criando órgãos (estruturas do corpo com função distinta). Os órgãos trabalham em conjunto formando os sistemas orgânicos.

Os organismos multicelulares como os humanos – são feitos de muitas células. As células nos organismos multicelulares são especializadas para desempenhar funções diferentes e são organizadas em tecidos, como o tecido conectivo, tecido epitelial, músculo e tecido nervoso. Os tecidos formam os órgãos, como o coração ou pulmões, que desempenham funções específicas necessárias ao organismo.

Esquerda: bactéria unicelular em corte longitudinal para mostrar as diversas camadas celulares e o DNA em seu interior. Centro: tecidos multicelulares em humanos. Desenho de tecido conectivo, tecido epitelial, tecido muscular e tecido nervoso. Direita: Diagrama da parte superior do corpo humano com um exemplo de localização do tecido epitelial – o revestimento da boca.

Crédito das imagens: esquerda, adaptada de “Prokaryote cell por Ali Zifan (CC BY-SA 4,0), adaptação sob licença CC BY-SA 4,0 ; centro, adaptada de “Four types of tissue” pelo National Institutes of Health (domínio público); direita, adaptada de “PseudostratifiedCiliatedColumnar” pela equipe Blausen (CC BY 3,0)

2. Metabolismo

A vida depende de um grande número de reações químicas interligadas. Essas reações possibilitam o trabalho dos organismos, desde a locomoção ou captura de presas como também o crescimento, reprodução e a manutenção da estrutura de seus corpos. Os seres vivos devem usar energia e consumir nutrientes para realizar as reações químicas que sustentam a vida. A soma total das reações bioquímicas que ocorrem no organismo é chamada de metabolismo.

O metabolismo pode ser subdividido em anabolismo e catabolismo. No anabolismo , os organismos produzem moléculas complexas a partir de moléculas mais simples, enquanto que no catabolismo ocorre o inverso. Os processos anabólicos normalmente consomem energia, sendo que os processos catabólicos podem disponibilizar energia armazenada.

3. Homeostase

Os organismos vivos regulam seu ambiente interno para manter a variação relativamente estreita de condições necessárias para o funcionamento celular. Por exemplo, a temperatura do corpo deve ser mantida relativamente próxima de 98,6^\circ∘degreesF (37^ \circ∘degrees C). A manutenção de um ambiente interno estável, mesmo diante das mudanças no ambiente externo, é conhecida como homeostase. 

[Veja exemplo de manutenção da homeostase.]

4. Crescimento

Os organismos vivos possuem crescimento regulado. As células individuais aumentam no tamanho, e os organismos multicelulares congregam suas muitas células através da divisão celular. Você mesmo começou como uma única célula e agora possui dezenas de trilhões de células no corpo^ 11start superscript, 1, end superscript! O crescimento depende de vias anabólicas para a construção de moléculas grandes e complexas tais como as proteínas e o DNA, que é o material genético.

5. Reprodução

Os organismos vivos podem se reproduzir para gerar novos organismos. A reprodução pode ser tanto assexuada, envolvendo um único organismo, ou sexual, requerendo um casal. Os organismos unicelulares, como a bactéria mostrada no lado esquerdo do painel à direita, podem se reproduzir simplesmente dividindo-se em dois!

Esquerda: Figura de uma bactéria Salmonella dividindo-se em duas bactérias. Direita: Figura da união de um espermatozóide e óvulo na fecundação.

Esquerda: Figura de uma bactéria Salmonella dividindo-se em duas bactérias. Direita: Figura da união de um espermatozóide e óvulo na fecundação.

Crédito das imagens: esquerda, “Salmonella typhimurium” de Janice Carr (domínio público); direita, “Espermatozoide-óvulo,” (domínio público)

Na reprodução sexuada, os organismos do casal produzem as células do espermatozoide e do óvulo, contendo cada uma a metade de sua informação genética, e essas células se fundem para formar um novo indivíduo com um código genético completo. Esse processo, chamado de fertilização, é ilustrado na figura mais a direita.

6. Reação

Os organismos vivos apresentam uma “irritabilidade”, significando que respondem aos estímulos ou alterações em seu ambiente. Por exemplo: as pessoas retiram a mão — e rapidamente! — de uma chama; muitas plantas se voltam em direção ao sol; e organismos unicelulares podem migrar em direção a uma fonte de nutrientes, ou afastar-se de uma substância química nociva. 

[ Veja uma planta responder ao toque.]

7. Evolução

As populações dos organismos vivos podem sofrer evolução, significando que a composição genética de uma população pode mudar ao longo do tempo. Em alguns casos, a evolução implica em seleção natural, na qual um traço hereditário, como a cor de pele mais escura ou o bico em formato mais estreito, permite que os organismos sobrevivam e se reproduzam melhor num determinado ambiente. Ao longo de gerações, um traço hereditário que promove uma aptidão vantajosa pode se tornar cada vez mais comum na população, tornando-a mais bem adaptada ao seu ambiente. Este processo é chamado adaptação.

Esta é a lista definitiva?

Os organismos vivos possuem muitas propriedades diferentes relacionadas à sua existência, e é difícil decidir com exatidão o conjunto que melhor define a vida. Por isso, diferentes pensadores desenvolveram diferentes listas de propriedades da vida. Por exemplo, algumas listas podem incluir o movimento como uma característica determinante, enquanto outras especificam que os seres vivos carregam sua informação genética na forma de DNA. Ainda, outras enfatizam que a vida é baseada em carbono.

Imagem de uma mula numa fazenda. A mula se parece com o burro e é certamente um ser vivo, apesar do fato de não pode se reproduzir.

Imagem de uma mula numa fazenda. A mula se parece com o burro e é certamente um ser vivo, apesar do fato de não pode se reproduzir.

Crédito da imagem: “Cabeça de mula” de Skeeze (domínio público).

Também é verdade que a lista acima não é infalível. Por exemplo, a mula, descendente do cruzamento da égua e do jumento, é incapaz de se reproduzir. No entanto, a maioria dos biólogos (e todas as pessoas) consideraria a mula, mostrada na foto à direita, um ser vivo. Uma situação semelhante é ilustrada nesta anedota: um grupo de cientistas, depois de muito debate, decidiu que a capacidade de reprodução seria a propriedade-chave da vida. Para decepção deles, alguém destacou que um coelho solitário não cumpriria este quesito^ 22squared.

Não obstante, a lista acima fornece um conjunto razoável de propriedades que ajudam a distinguir os seres vivos dos seres inanimados.

Distinguindo os seres vivos dos seres inanimados

Quão bem as propriedades acima nos permitem determinar se algo é um ser vivo ou não? Vamos revisitar os seres vivos e inanimados que vimos na introdução como um teste.

Os seres vivos que vimos na introdução — seres humanos, cães e árvores – preenchem facilmente todos os sete critérios de vida. Nós, juntamente com nossos amigos caninos e as plantas nos quintais, somos feitos de células, metabolizamos, mantemos a homeostase, crescemos e reagimos. Os seres humanos, cães e árvores também são capazes de se reproduzir, e suas populações passam por evolução biológica.

Os seres inanimados podem apresentar algumas propriedades da vida, mas não todas. Por exemplo, os cristais de neve possuem uma organização — embora não tenham células — e podem crescer, mas não satisfazem os demais critérios da vida. De forma similar, um incêndio pode crescer, se reproduzir, criando novos incêndios, e reagir a estímulos, podendo até mesmo “metabolizar”. No entanto, o fogo não possui uma organização, não mantem a homeostase e não possui informação genética necessária para sua evolução.

Os seres vivos podem manter algumas propriedades da vida quando deixam de viver, mas perdem outras. Por exemplo, se você olhar a madeira de uma cadeira ao microscópio, você verá vestígios das células que compunham a árvore viva. Contudo, a madeira não está mais viva e, tendo sido transformada em uma cadeira, não pode mais crescer, metabolizar, manter a homeostase, reagir ou se reproduz.

[Um robô pode ser considerado um ser vivo?]

O conceito de vida ainda está em definição

A questão sobre a definição do que é estar vivo permanece não resolvida. Por exemplo, os vírus—pequenas estruturas compostas por proteínas e ácidos nucléicos que só se reproduzem em células hospedeiras—têm muitas propriedades da vida. No entanto, eles não têm uma estrutura celular e nem podem se reproduzir sem um hospedeiro. Também não há confirmação de que eles mantêm a homeostase, e eles não têm metabolismo próprio.

Diagrama de um vírus. O vírus consiste de um ácido nucleico (genoma) e um revestimento externo de proteína.

Crédito de imagem: Imagem modificada de “Vírus envelopado icosaédrico,” de Anderson Brito (CC BY-SA 3,0; a imagem modificada está licenciada sob a licença CC BY-SA 3,0

Por esses motivos, os vírus não são considerados como vivos de forma geral. Contudo, nem todos concordam com essa conclusão, sendo que a questão deles contarem ou não como vida permanece um tópico de debate. Algumas moléculas mais simples do que eles—como os “príons” que causam a doença da vaca louca—e enzimas que fazem auto-duplicação de RNA também apresentam algumas, mas não todas, as características da vida.

Ademais, todas as propriedades da vida que discutimos são características da vida na Terra. Se a vida extraterrestre existir, ela pode ou não compartilhar das mesmas características. De fato, a definição operacional da NASA de que “a vida é um sistema autossustentável capaz de passar pela evolução Darwiniana” abre a porta para mais possibilidades do que o critério definido acima^33cubed. Contudo, essa definição também torna difícil decidirmos rapidamente se algo está vivo ou não!

Conforme mais tipos de entidades biológicas forem descobertas, na Terra e além dela, pode ser que precisemos repensar o que significa estar vivo. Descobertas futuras podem demandar revisões e extensões da definição de vida”.

Vamos falar um pouco sobre a vida e o que ela representa para o universo e cada um dos seus componentes. Quando se fala em vida é comum referi-la a algo que estabelece um prazo para a existência de determinada coisa. Nascimento crescimento e morte. Pode ser vinculada a um vegetal, a um animal e ao ser humano. Diz-se que tudo começa com a vida e termina com a morte, portanto a vida é um elemento capaz de dar início a algo e num determinado período o abandona quando surge o fenômeno da morte, encerrando o ciclo. A morte é a interrupção da vida. A vida tem início e tem fim? Quais são as individualidades dotadas de vida? Quando se depara com um mineral ou um pedaço de madeira industrializada é comum ver-se a designação de matéria inerte, matéria sem vida, inanimada.

Pois bem, vamos fazer algumas colocações sobre o que é vida.

A vida é a dinâmica do universo. O elemento estruturante da matéria formadora do universo, é o espírito divino. O espírito divino tem em si o princípio inteligente que através da dinâmica proporcionada pela força cósmica universal, desenvolve o aperfeiçoamento da matéria estruturada, construindo mecanismos para o desenvolvimento dos blocos a que damos o nome de individualidades. Cada individualidade é composta de matéria e espírito.

No início do seu desenvolvimento, a individualidade constrói o seu instrumento de aperfeiçoamento com o auxílio da matéria mais densa. Aos poucos vai se aperfeiçoando e sua exigência é por matéria menos densa, denominada matéria sutil e assim prossegue em seu desenvolvimento até livrar-se do uso da matéria, quando passará a integrar-se ao espírito divino, o Todo. Um exemplo é o planeta Terra constituído por um bloco único a que denominamos individualidade maior, desta forma concluímos que esta individualidade maior é composta de matéria densa e sutil, com a força motriz do espírito. O espírito é um elemento imaterial, é o responsável pela estruturação da matéria originada na criação do universo.

Pois bem, a finalidade da criação é a expansão do espírito divino. Desta forma, o espírito divino necessita florescer dentro da matéria criada para poder se expandir e o faz na matéria que anima. O planeta Terra, como bloco que é composto por espírito e matéria, vai se aperfeiçoando e nesse aperfeiçoamento divide-se em partículas menores para que cada uma delas possa estar expondo a sabedoria divina, permitindo destarte a sua expansão.

Podemos fazer uma comparação com os elementos de uma família, que se organiza para dar continuidade na obra de sua formação, isto é, dar continuidade ao desenvolvimento de novos seres para formar outras famílias e assim por diante.

Estes novos seres, que são os filhos, recebem os conhecimentos passados pelos pais e vão adquirindo também outros conhecimentos, desta forma, aumenta sua sabedoria e assim expande o conhecimento numa somatória infinita. Essa sabedoria faz parte do espírito divino e apenas vai se revelando ao longo da existência das individualidades.

O conhecimento é exposto através das experiências que a individualidade faz através de sua existência como tal. Esse conhecimento gerado irá se incorporar ao banco de memórias de cada individualidade, banco esse composto de elementos materiais que acompanham todas as individualidades. Este banco de memórias somente deixará de acompanhar o espírito quando ele não mais necessitar de buscar conhecimentos, uma vez que assim estará integrado ao grande espírito divino colaborando na sua expansão. É importante salientar que a expansão inicia com a estruturação da matéria e se completa com cada uma das individualidades voltando para a unidade.

Como já afirmado, o espírito divino é dotado do princípio inteligente e da força estruturante. Essa força estruturante é denominada força cósmica universal pois, ela faz parte de todos os universos criados, entendendo isto como sendo toda a obra da criação divina.

Para que o espírito divino se expanda é necessário o crescimento como tudo o que conhecemos, no início pequeno, vai aumentado até determinado ponto quando exaure seu crescimento, desta forma também podemos ver tudo no universo. O espírito necessita de elementos que o ajudem a se desenvolver tal qual, o animal necessita da comida para poder crescer, assim também o espírito necessita de um elemento para crescer e esse elemento que o auxilia é a matéria.

O espírito utiliza-se da matéria para fazer suas experiências e assim expor a inteligência, que se encontra em seu âmago. Essas experiências vão ao longo da existência da individualidade, expondo a sabedoria divina que está dentro do espírito. Esse desenvolvimento ocorrerá até que o espírito tenha exposto toda a sabedoria divina e então fará parte integrante do Todo, gerando consequentemente, um aumento da divindade, podendo esta inocular novo elemento primordial que será a origem de novo universo e assim por diante, eternamente como expansão da obra criadora.

Primeiramente necessitamos entender que a criação do universo se dá com a estruturação da matéria feita pela união do Espírito divino e o elemento primordial. No momento dessa estruturação levada a efeito pela força cósmica universal, surge a vida que nada mais é do que a dinâmica do universo. O universo surge com o fito de expandir a obra de seu Criador. Para que isto ocorra, existe a necessidade de um princípio inteligente, isto é, de um mecanismo que possa fazer com que esta obra se desenvolva para alcançar o objetivo proposto.

A dinâmica do universo então, estará presente em tudo, fará parte de tudo, desde sua criação, seguindo rumo a eternidade como é sua destinação. Desta forma, podemos afirmar que tudo o que existe tem vida e que a vida não pode chegar ao fim, não pode terminar como é comum afirmações neste sentido.

A vida uma vez iniciada não mais se extinguirá, será eterna, pois estará participando de todas as individualidades iniciadas com a criação do universo. A vida é a força motriz de tudo. O planeta é um ser vivo, formado por matéria e espírito. Existe a matéria aparente, densa e a matéria sutil, mas componentes do planeta igualmente.

O planeta tem como essência uma partícula divina e esta é dotada do princípio inteligente, terá como finalidade o aperfeiçoamento e, desta forma se movimenta através da dinâmica que é vida, portanto elemento importante e inextinguível.

Como o universo se divide em partículas com finalidades específicas, também o planeta irá se dividir em partículas a que damos o nome de individualidades. A divisão começa pelo espírito do planeta que inicia essa caminhada por ir modificando sua estrutura formada pelo reino mineral, com o fito de propiciar a construção do reino vegetal e este, por sua vez, o reino animal. Para que isto ocorra, é necessário a orientação do reino espiritual, organização por onde passam os planejamentos e orientações necessárias ao acontecimento do desenvolvimento das individualidades.

As individualidades para se aperfeiçoarem necessitam de condições especiais que são encontradas com as orientações advindas do reino espiritual, onde se estabelece a Providência Divina. Existe um período longo até as individualidades alcançarem o livre arbítrio, quando terão a oportunidade de agirem determinando a condução do seu programa instintivo. Até que isto aconteça a longa caminhada é acompanhada diretamente por agentes do plano espiritual, que assiste a cada individualidade no seu desenvolvimento físico e espiritual.

O que podemos concluir é que para a ciência a vida existe apenas nos reinos vegetal e animal, mesmo assim deixando de existir em determinadas situações, como exemplo a madeira que constitui um móvel da sala ou cozinha.

Fogo, ar, água e terra são os componentes primários do planeta terra. Esse planeta é uma individualidade que existe por ser composta de matéria estruturada e ela assim se encontra por ter como estruturante o espírito que é dotado do princípio inteligente gerador da força cósmica universal.

A força cósmica universal é o motor que coloca o elemento primordial em movimento formando a matéria e essa movimentação é denominada dinâmica. A matéria não é inerte pois os átomos de sua composição estão em constante movimento. Desta forma, temos que a vida nada mais é que a dinâmica do universo, essa movimentação que através da constituição de mecanismos movimenta as individualidades rumo ao desenvolvimento e seu consequente aperfeiçoamento.

O aperfeiçoamento inicia com a formação do universo. Deste momento em diante, começa a formação das individualidades e estas iniciam o desenvolvimento através da construção do programa instintivo que orienta a sequência que leva ao aperfeiçoamento de cada uma.

Como a dinâmica é a vida, verificamos que ela, vida, se inicia com a formação do universo e permanece com sua existência. O espírito, partícula do Criador que é eterno, não tem início nem fim, ele vai além da matéria, é imaterial.

Uma árvore cortada e seca, muitas vezes formadora de um móvel doméstico, para muitos não tem mais vida. Isto, porém não acontece, porque a vida é a dinâmica e a dinâmica continua agindo para que a matéria de composição da arvore siga no processo de desintegração formal para voltar à individualidade maior de onde saiu, o planeta terra.

A partícula divina começa sua caminhada evolutiva com o início do universo e por ser o fundamento da vida, determina a dinâmica da individualidade a que se vincula. Para que o espírito se aperfeiçoe é necessário um meio para que ele, imaterial, possa perceber o resultado da ação de sua vontade, o que somente é possível através da matéria. Desta forma, o espírito, através do princípio inteligente e da dinâmica, engendra um corpo material para perceber suas ações. O primeiro corpo ou individualidade que se forma é um universo, que dividindo-se, formam os sistemas solares. Os sistemas solares têm planetas que servem de base para o desenvolvimento das individualidades menores com finalidade do aperfeiçoamento.

O aperfeiçoamento da individualidade vai ocorrendo aos poucos e o corpo físico da individualidade vai se modificando dia a dia, com o aprendizado efetuado pelas movimentações que o espírito determina e necessárias ao seu desenvolvimento. Como a sabedoria divina está dentro do espírito e para que ela se exponha são necessárias a experimentação e a experimentação que o espírito deve fazer, exige a matéria para lhe fornecer as sensações, com as quais define sua próxima movimentação. Essa movimentação se opera amparada pelo banco de memórias espiritual. Com o resultado das movimentações que se encontram retidas na memória do espírito, ele quando vai agir escolhe a que traz mais harmonia, pois dentro da criação universal tudo se baseia nela. Essa harmonia é uma condição que existe para a formação da obra do Criador. Ela é o rumo e condição para que tudo se desenvolva.

O aperfeiçoamento da individualidade que é composta de corpo físico e espírito, está em que o espírito conforme a exposição de sua sabedoria que aos poucos avança, necessita de novos elementos capazes de lhe proporcionar os meios para que possa ir aumentando sua exposição. Desta forma o corpo físico do espírito terá que ir se aperfeiçoando para dar sustentabilidade ao espírito. Desde o início o aperfeiçoamento ocorre pela formação do programa instintivo em conjunto com o mapa genético, que ordenam a construção dos corpos físicos, tal como conhecidos, que servirão ao espírito até o final da experienciação da primeira fase de evolução espiritual, que no planeta terra deverá acabar dentro em breve.

Do início do universo até a aquisição do livre arbítrio, os corpos físicos são dirigidos pelo programa instintivo construído ao longo de sua existência, quando então passarão a dirigir sua evolução, através da condução do citado programa, de acordo com sua vontade.

Como afirmamos, a matéria se vincula ao espírito de que faz parte. No caso da madeira utilizada na confecção da mesa de jantar, ela, no momento do desligamento do espírito da árvore quando cortada e sem condições de continuar exercendo o seu mister como árvore, passa de novo a se somar à matéria que envolve a terra, através do processo de desintegração que pode ser retardado através de elementos propiciados pelo ser humano, mas que no final retornará ao bloco terráqueo de onde se originou, estará ela sob os auspícios do espírito da terra desde o momento em que se deu a interrupção da continuidade de seu desenvolvimento como individualidade árvore.

Todos os corpos físicos existentes no planeta Terra são construídos com matérias do próprio planeta e, por isso, essa matéria, findo o destino, volta a integrar o corpo físico maior que é o planeta e seu espírito. O planeta cede às individualidades sua matéria, para que possam efetuar o seu aperfeiçoamento.

Nós entendemos que vida é a dinâmica do universo e, portanto, inesgotável e infindável. O que se entende por morte nada mais é do o término da utilidade dos instrumentos físicos colocados à disposição do espírito, para que ele possa se aperfeiçoar através dos experimentos que realiza ao longo de sua existência, até que possa retornar ao grande Espírito do Criador ampliando-o

Espero ter deixado algumas informações que possam fazer as pessoas refletirem sobre a grandeza do Criador e de suas criaturas, de um modo mais natural e simples.

Bela Vista do Paraíso, 17 de agosto de 2020.

Caetano Zaganini