CAMPO ENERGÉTICO – Capítulo 05

A individualidade é composta de matéria e espírito, tal qual afirmamos em textos anteriores. A individualidade começa o seu trabalho de aperfeiçoamento no momento em que é constituída, isto é, na formação do universo.

Com o início do universo, em decorrência da estruturação do elemento primordial formando a matéria, surgem as primeiras individualidades, isto é, a formação dos blocos maiores, denominados astros, que iniciam sua caminhada rumo ao aperfeiçoamento. Para que esse aperfeiçoamento tenha sequência é necessário que a individualidade maior adquira, através do aperfeiçoamento, condições para formar novas individualidades e as faz através do repartimento do seu espírito, auxiliado pela matéria de sua constituição. É de bom alvitre dizer que a matéria referida não se trata apenas da matéria conhecida pelo terráqueo como matéria densa, mas sim, de toda uma gama de matéria que existe em um estado puro e sutil, matéria que se encontra estruturada em razão do espírito que a rege.

A divisão gera novas individualidades, que no conjunto da criação serão parceiras e buscarão o desenvolvimento para uma convivência pacífica rumo à perfeição. Quanto menor a individualidade, mais rápido o seu desenvolvimento, uma vez que possui menos elementos para modificar, assim as alterações ocorrem de maneira mais rápida. Nós consideramos as divisões até o ponto onde a individualidade adquire a capacidade de desenvolver-se sem a necessidade de mais divisões. Aqui entra a vida animal, componente do respectivo reino. Essa última divisão, e só ela, permanecerá em cada individualidade até que se opere a integração do espírito ao Todo.

A partir do início de sua caminhada, a individualidade, que se encontra imersa na matéria sutil existente na composição do universo, cuja matéria faz parte da força ou energia cósmica universal, vai ao longo do seu aperfeiçoamento formando, com partículas dessa matéria, um campo energético1 ou campo de força específico, correspondente à sua evolução, ao seu aperfeiçoamento. Este campo energético é que expõe todo o aprimoramento realizado pela individualidade. Ele guarda todo o resultado das ações praticadas pela individualidade expondo-as na sua constituição.

Este campo energético é quem define o grau de elevação e as necessidades de cada individualidade, para encontrar e seguir pelo caminho da harmonia, que é a base fundamental da construção universal. É comparável a um caderno de apontamentos, onde podem ser vistas todas as anotações de tudo o que foi feito e, é possível ver também, o que ainda deverá ser feito num determinado período de tempo. Mencionamos aqui, primeiramente, cada estada do espírito da individualidade no corpo físico depois, a continuidade do trabalho de aprendizado até integrar-se novamente ao Todo.

Como todas as individualidades estão sob um mesmo propósito é necessário que haja comunicação entre elas, que pode ocorrer de diversas formas. Para a individualidade, portadora do livre arbítrio, a comunicação normalmente se dá por meio de símbolos, sinais, gestos, vibrações, articulação de palavras etc. Ultimamente a humanidade se vale também de outros meios modernos de comunicação, como por exemplo, os eletrônicos. Já para as individualidades que ainda não atingiram o livre arbítrio, a comunicação principal é feita tendo como base o campo energético.

Como sabemos, a comunicação é a partilha de diferentes informações entre as individualidades, é um ato essencial para a convivência entre tudo o que existe. O texto a seguir aprofunda um pouco a descrição sobre comunicação entre os habitantes do planeta Terra, que já dispõem do livre arbítrio.

História da Comunicação Humana

Por Geraldo Magela Machado

Os homens das cavernas, com seu cérebro rudimentar, deviam se comunicar através de gestos, posturas, gritos e grunhidos, assim como os demais animais não dotados da capacidade de expressão mais refinada.

Com certeza, em um determinado momento desse passado, esse homem aprendeu a relacionar objetos e seu uso e a criar utensílios para caça e proteção e pode ter passado isso aos demais, através de gestos e repetição do processo, criando assim, uma forma primitiva e simples de linguagem.

Com o tempo, essa comunicação foi adquirindo formas mais claras e evoluídas, facilitando a comunicação não só entre os povos de uma mesma tribo, como entre tribos diferentes. As primeiras comunicações escritas (desenhos) de que se têm notícias são das inscrições nas cavernas 8.000 anos a.C.

povo sumério, considerada a uma das mais antigas civilizações do mundo, já  ocupava a região da Mesopotâmia quatro séculos antes de Cristo. Essa civilização foi a primeira a usar o sistema pictográfico (escritas feitas nas cavernas, com tintas).

Esse tipo de escrita era utilizada, também, pelos egípcios que, em 3100 a.C., criaram seus hierós glyphós ou “escrita sagrada”, como os gregos as chamavam.

Esse tipo de escrita era, além de pictórica, ideográfica, ou seja, utilizava símbolos simples para representar tanto objetos materiais, como ideias abstratas. Utilizava o princípio do ideograma (sinal que exprime ideias) no estágio em que deixa de significar o objeto que representa, para indicar o fonograma referente ao nome desse objeto.

Uma das mais significativas contribuições dos sumerianos está ligada ao desenvolvimento da chamada escrita cuneiforme. Nesse sistema, observamos a impressão dos caracteres sobre uma base de argila que era exposta ao sol e, logo depois, endurecida com sua exposição ao fogo. De fato, essa civilização mesopotâmica produziu uma extensa atividade literária que contou com a criação de poemas, códigos de leis, fábulas, mitos e outras narrativas. É a língua escrita mais antiga das que se têm testemunhos gráficos. As primeiras inscrições procedem de 3000 a.C.

Um estágio moderno da comunicação humana foi a descoberta da tipografia (arte de imprimir), pelo alemão Johann Gutemberg, em 1445. Essa invenção multiplicou e barateou os custos dos escritos da época e abriu a era da comunicação social.

Componentes da Comunicação

São componentes do processo de comunicação: o emissor da mensagem, o receptor, a mensagem em si, o canal de propagação, o meio de comunicação, a resposta (feedback) e o ambiente onde o processo comunicativo acontece.

Com relação ao ambiente, o processo comunicacional sofre interferências do ruído e a interpretação e compreensão da mensagem fica subordinada ao repertório (crenças, modo de ser, comportamentos) do receptor.

Em relação à forma, a comunicação pode ser verbal, não-verbal, gestual e mediada.

Verbal – Comunicação através da fala propriamente dita, formada por palavras e frases. Tem suas dificuldades (timidez, gagueira, etc.), mas ainda é a melhor forma de comunicação.

Não-verbal – Comunicação que não é feita por palavras faladas ou escritas. Usam-se muito os símbolos (sinais, placas, logotipos, ícones) que são constituídos de formas, cores e tipografias, que combinados transmitem uma ideia ou mensagem.

Linguagem corporal corresponde a todos os movimentos gestuais e de postura que fazem com que a comunicação seja mais efetiva. A gesticulação foi a primeira forma de comunicação. Com o aparecimento da palavra falada os gestos foram tornando-se secundários, contudo eles constituem o complemento da expressão, devendo ser coerentes com o conteúdo da mensagem.

A expressão corporal é fortemente ligada ao psicológico, traços comportamentais são secundários e auxiliares. Geralmente é utilizada para auxiliar na comunicação verbal, porém, deve-se tomar cuidado, pois muitas vezes a boca diz uma coisa, mas o corpo fala outra completamente diferente

Comunicação mediada – processo de comunicação em que está envolvido algum tipo de aparato técnico que intermedia os locutores.

Toda essa inovação nas formas de comunicação, fez com que a humanidade passasse a viver de uma forma totalmente nova, onde as fronteiras físicas deixam de ser obstáculos à comunicação constante entre os povos. Formas que até alguns anos eram impensáveis, passam a fazer parte do nosso dia a dia.

Um universo novo se apresente e, se os horizontes se alargam, perde-se o controle da informação próxima e garantida. Chegamos à exacerbação da informação (que é diferente do conhecimento), através dos meios eletrônicos, dos quais a internet é a campeã. Nesse universo tecnológico predomina a sapiência humana, suas qualidades, mas também, suas mazelas. Cabe às pessoas que se comunicam, fazê-lo de forma a utilizar as informações como fonte de troca para aquisição do conhecimento e usá-las com sabedoria.

Fontes: História da Comunicação Humana: disponível em: http://www.scribd.com/doc/932717/Historia-da-comunicacao-humana.

Civilização Suméria: disponível em: http://www.historiadomundo.com.br/sumeria/

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/historia/historia-da-comunicacao-humana/ Arquivado em: ComunicaçãoHistóriapor taboolaLinks promovidos

A comunicação pode ocorrer entre individualidades do mesmo patamar evolutivo ou de patamares evolutivos diferentes. Por exemplo, a comunicação pode ocorrer entre o planeta Terra e uma individualidade portadora do livre arbítrio, ou uma planta e o rio que corre nas suas proximidades. Tudo no universo se comunica. As formas dessa comunicação são adequadas a cada um durante os atos que praticam; temos aqui, como atos, desde o sentimento, passando pelo pensamento, indo até a ação física, efetuados pelas mais variadas individualidades.

A comunicação entre as individualidades que ainda não dispõem do livre arbítrio, se opera através das informações transmitidas pelo campo energético. Por exemplo, um homem pode falar o que quiser a uma árvore, mas ela não tem capacidade de corresponder através da comunicação verbal, porque estão em patamares diferentes de evolução.

A forma primeira de comunicação se opera através do campo energético. É através do campo energético que todas as individualidades conseguem manter a comunicação, por exemplo, se eu falar com uma flor, ela ainda não está apta a este tipo de comunicação, mas as minhas atitudes com ela geram a modificação necessária em meu campo energético e através da exposição que ele faz dessa minha vontade, a flor, automaticamente, perceberá minha afeição ou repulsa. Todas as individualidades possuem um espírito e este é o receptor e processador das informações propiciadas pelo campo energético.

Todo ato praticado pela individualidade é considerado a favor ou contra a harmonia. Quando o ato for praticado pela individualidade que já possui o livre arbítrio, estará lastreado no sentimento de quem o praticou. É a intenção que determina de que maneira o ato será organizado dentro do campo energético, que ficará exposto a todo universo, sem restrições. Às vezes, são mencionadas certas restrições nas comunicações operadas entre as individualidades porque essas comunicações podem estar relacionadas entre as que estão em diferentes patamares de evolução. Muito embora existam individualidades que não possuem consciência de que acessam os campos energéticos, todas são movidas pelas informações geradas por esse campo.

Para a individualidade que ainda não obteve o livre arbítrio, o campo energético servirá de instrumento comunicativo. Pode-se dizer: “eu falo e o cachorro me entende!” Na verdade, ele não compreende o que estou dizendo, uma vez que não detém a capacidade para decifrar o meio de comunicação verbal por mim utilizado, mas percebe, através do meu campo energético, que deve aproximar-se ou afastar-se de mim. A agressão que ele pode praticar também está ligada ao sentir repulsa percebida através do campo energético da individualidade, dita superior, porque portadora de livre arbítrio.

Ressaltamos aqui que a leitura dos dados existentes no campo energético é a única fonte de informação sobre a individualidade, no que tange ao seu nível de evolução. Ele é o instrumento que o espírito, componente da individualidade, usa para externar o estado em que se encontra o seu aperfeiçoamento. Esta fonte de informação também serve de instrumento para fazer o acoplamento das individualidades. As individualidades são interligadas a tudo e a todos, formando a unidade divina. São como os grãos de areia, todos estão unidos, grãos maiores, grãos menores, grãos de diversas cores e de diversas composições, todos formando a praia.

Antes da aquisição do livre arbítrio o meio de comunicação entres as individualidades é apenas o campo energético, após essa aquisição, a comunicação poderá ser feita através dos mecanismos colocados à disposição pelo corpo físico. Com livre arbítrio, a comunicação direta através do campo energético ocorre, na maioria das vezes, por individualidades sensitivas. Quando a individualidade está desprovida do corpo físico a comunicação também se opera através do campo energético. Por exemplo, uma individualidade desprovida do corpo físico, através de seu espírito, deseja comunicar-se com outra individualidade, também sem o corpo físico, o meio de comunicação será o campo energético e se ela deseja comunicar-se com outra que possui o corpo físico, utilizará também o campo energético, porém a entidade que está dotada de corpo físico, se for sensitiva, conseguirá decodificar, através do campo energético, a vontade do comunicante, mas se não for, deverá valer-se de um sensitivo(médium) para receber a comunicação, aí operando a sua vontade através do sensitivo, que o fará pelo campo energético que tem todas as informações necessárias para que isto aconteça.

Tudo no universo evolui e durante sua caminhada, cada individualidade vai construindo o programa instintivo e o mapa genético do instrumento utilizado para seu aprendizado que nessa primeira fase de evolução terráquea corresponde ao corpo físico. Esse corpo físico é feito pela matéria densa encontrada na composição dos elementos formadores da individualidade maior, denominada planeta Terra.

O universo é constituído de matéria densa conhecida pelo terráqueo como sendo dividida em estado sólido, líquido, gasoso e plasmático, mas em sua total composição se encontra a matéria denominada sutil, composta de elementos ainda desconhecidos na atual fase de evolução das individualidades terráqueas. Essa matéria tem variantes de divisão que vai do sutil ao extremamente sutil, com ela se formam os elementos constitutivos, onde repousa a organização espiritual do planeta. Estes elementos estão na constituição do universo, porém, são pouco conhecidos do terráqueo, apesar de muito comentada a sua existência através de comunicações entre seres de outros orbes que já se encontram numa dimensão mais avançada e terráqueos, diretamente ou através de sensitivos. As individualidades que já se encontram livres do corpo físico, alocadas no mundo espiritual, também fazem o intercâmbio com seres de mundos mais elevados.

Na dimensão da organização espiritual, a existência do campo energético é mais aparente, o que permite uma melhor comunicação através dele, vez que a comunicação verbal é utilizada apenas aos que são dotados de corpo físico. Quando a individualidade está desprovida do corpo físico, somente manifesta a sua vontade através do pensamento que impulsiona o campo energético para que se estabeleça a comunicação.

Quando a individualidade não é dotada do livre arbítrio, a construção de seu campo energético tem a ver com as regras do programa instintivo, norteados pelo princípio inteligente que faz parte de seu espírito. A partir do livre arbítrio, a individualidade passa a ter vontade própria sobre a prática de qualquer ato, seja a favor ou contra as regras da harmonia. Com o estabelecimento dessa liberdade, a individualidade começa a agir por vontade própria e o resultado de tais atos formam os elementos fundamentais para a construção de seu campo energético, pois está livre para praticar ditos atos do dia a dia, de acordo com os ditames do programa instintivo ou contrário a ele, prevalecendo sempre o seu querer. Desta forma, a individualidade terá como norte a resposta ao seu ato, na busca da harmonia, lei fundamental na construção e dinâmica do universo.

Podemos comparar o campo energético a uma grande biblioteca onde se encontra à disposição o bibliotecário com a finalidade de fazer a conexão entre os dados arquivados e as necessidades do interessado. Todas as necessidades de aprendizado estão guardadas no campo energético, que impulsionado pelo espírito, direciona a individualidade para o que necessita fazer com a finalidade de resolver determinada pendência ou capacitar-se para a solução de nova problemática surgida em função desse trabalho de aperfeiçoamento evolutivo, na busca de uma conduta harmônica, que o leva rumo a perfeição, propósito este de toda individualidade.

O campo energético irá direcionar a individualidade na busca do lugar certo e com as individualidades adequadas, para colocar em prática o seu aprendizado. Como o universo é um todo, as individualidades são incapazes de fazer o aprendizado sozinhas, necessitam sempre estarem próximas umas das outras, pois são sempre complementos necessários para a realização do dito aprendizado evolutivo, por serem partes do Todo. É comum ouvir-se que o ser humano é um ser social, verdade indiscutível. Aristóteles disse: o homem é um ser social porque é um animal que precisa dos outros membros da espécie.

Como se trata de aprendizado fragmentado, a individualidade, em cada nova encarnação, conscientemente é incapaz de recordar dos atos que praticou na vinda passada, pois a construção do cérebro inicia com a nova jornada evolutiva, cujo arquivamento das informações se restringe apenas às ocorrências atuais, ou seja, pertinente a presente encarnação. Não traz na memória física o conhecimento dos atos realizados no passado e que geraram problemas com a harmonia. Ela inicia uma nova etapa de aprendizado tendo como direcionador o campo energético que contém todas as informações necessárias para desempenhar esse mister.

A questão do aprendizado está dentro do campo energético e é por isso que o já introjetado fará parte de sua evolução e estará sempre presente. Podemos citar como exemplo o orgulho, comportamento da individualidade que se julga melhor que a outra. Quando ela aprender através da humildade que todos são iguais, já se estabilizou e, por isso, tem consciência e pratica naturalmente os atos necessários à sua caminhada de forma harmônica sem se julgar melhor. Desta forma, os efeitos do orgulho não mais afetarão o comportamento da individualidade, cujo aprendizado fará parte das informações contidas no seu campo energético.

Deste modo, todos os problemas que levam à prática de atos geradores de desarmonia deverão ser objeto de estudo pela individualidade e como já afirmamos, o campo energético estará dando as coordenadas para tal individualidade buscar os meios e locais necessários ao aprendizado. Nessa busca, as individualidades primarão por aquelas que podem ajudá-la a superar as dificuldades encontradas, muitas vezes vindas de encontros em estudos passados e que devem novamente juntas, superar as dificuldades geradas pelo objeto do aprendizado. Podemos fazer uma pequena comparação disso com o aluno que não alcançou nota suficiente e foi reprovado, passando a frequentar novamente a sala de aula com alguns dos colegas, onde repetirá o aprendizado sobre a mesma matéria.

A ciência hoje está pesquisando o resultado do comportamento das individualidades no seio familiar e consegue perceber a atuação desse campo energético na constituição das famílias. A influência do campo energético exerce poderoso controle sobre o indivíduo, sobre a família e sobre todo o sistema familiar. Ampliando a influência, podem ditar regras a sistemas maiores, uma vez que a individualidade necessita fazer parte da sociedade e, desta forma, novos e diversificados grupos sociais surgem, seus integrantes o compõem por necessidade estabelecida por cada individualidade, inscritas no seu campo energético.

Muitas pessoas formam famílias com a finalidade de resolver os problemas que trazem do passado ou novos que surgem com a intenção de solucionar os antigos. Cada membro tem um comportamento e esse comportamento, a ciência diz ser causado pelo sistema, pela ação da prática dos atos de acordo com um aprendizado feito através dos primeiros instrutores, os pais. Tudo isto é possível perceber através do processo de estudo científico, porque a informação existente no campo energético serve de orientação para o espírito buscar através do comportamento das individualidades, do sistema onde ele se insere, as condições necessárias para efetuar o seu aprendizado.

Diz-se que no sistema de evolução os iguais se atraem. O que na realidade atrai são as necessidades que um tem do outro para, em conjunto, organizar as situações que possam gerar oportunidades a ambos, na compreensão dos problemas e solução dos conflitos que surgem com a junção de tais individualidades num sistema familiar, num sistema social, e em qualquer outro sistema do qual passam a fazer parte.

Normalmente o aprendizado de cada um ocorre de forma diferenciada, embora os problemas possam ser os mesmos, a necessidade de cada um é diversa. Nós dizemos que, na realidade, são os diferentes que se atraem, pois um sempre é diferente do outro, por isso se unem. Cada um tem uma atitude diferente que o outro precisa experienciar e, muitas vezes, mudar. Um é para o outro o motivador necessário para perceber a dificuldade e aprenderem a resolvê-la. As famílias se juntam para resolver problemas mais difíceis, tendo sempre, que a família acontece para a devida preservação e continuidade da espécie, nela existe as condições necessárias para se praticar o desenvolvimento da harmonia, propostas de aprendizado vindas de suas necessidades pretéritas e que ainda não foram assimiladas.

Desta forma, podemos afirmar que tudo no universo está intimamente ligado, desde um grão de areia até o ser angelical. O universo é como um grande mar onde há vidas das mais diferentes espécies e todos fazem parte dele. A vida mineral está presente ali, a vida vegetal também ali se encontra, bem como a vida animal. Tudo está emaranhado e vive cada um à sua maneira. No universo temos a mesma coisa, tudo existe no mesmo espaço, mas cada um utiliza o necessário para organizar a sua existência. Cada coisa está intimamente ligada a outra. Tudo é uma única teia. Cada objeto tem seu arquivo e memória formando um grande emaranhado de campo energético, mas cada um responsável por sua construção e desenvolvimento. Tudo fica exposto, apenas a diferença está em que uns podem captar informações do campo energético do outro e ter consciência disso, outros ainda não dispõem dessa possibilidade, mas podem se valer daqueles que o possuem, os denominados terapeutas que agem através de sensitivos.

Em tema específico, já falamos sobre o banco de memórias espiritual. Esse banco de memórias, guarda toda a informação da ação praticada pela individualidade, portanto, sua trajetória está ali arquivada. Pois bem, ali tudo são dados e para que estes dados possam servir de base para construção dos meios adequados para a individualidade se encontrar nas situações necessárias, é preciso de um instrumento para que assim aconteça. O caminho que a individualidade tem para encontrar os projetos adequados para fazer o seu aprendizado está no campo energético. Como já dissemos o campo energético é formado durante as ações da individualidade e é capaz de externar todas as necessidades que o espírito precisa para efetuar o seu aperfeiçoamento.

Na realidade o campo energético é o meio pelo qual o banco de memórias espiritual pode externar a vontade do espírito, na construção dos meios necessários ao seu aprendizado, é o instrumento de comunicação do espírito.

Toda vez que a individualidade pratica determinado ato, aparece uma resposta e essa resposta indicará se ela pode ou não o praticar novamente. Caso seja um ato contra a harmonia, a resposta pode trazer desconforto através da dor ou uma doença. Indicações para que a individualidade possa encontrar a forma correta de praticar novos atos no dia a dia para encontrar a harmonia.

Durante a caminhada da individualidade, surgem dificuldades em compreender o direcionamento oriundo da dor, com o fito de modificar o seu comportamento contrário a harmonia. Muitos buscam o entendimento através de religiões, de estudiosos, da ciência ou de seus pares, com a finalidade de compreenderem a razão de seu sofrimento e a solução desejada. Nessa busca existe a possibilidade de se ancorar no estudo da parapsicologia que analisa determinados efeitos de alguns fenômenos que ocorrem e tenta compreendê-los. No hipnotismo também se geram determinadas situações que parecem inusitadas, porém, o estudo traz uma explicação racional para os fenômenos surgidos durante o trabalho de pesquisa.

Outras fontes de estudos alicerçam as atuais terapias, as quais utilizam métodos diversos para a localização da origem dos problemas. Muitas utilizam-se de determinados fenômenos que parecem sobrenaturais, o que na realidade são efeitos do campo energético. Também nas terapias que usam a regressão de memória, podem ser notados fenômenos diferenciados.

Muitos dos fenômenos que ocorrem em razão de tratamentos empregados através das mais diversas terapias, são considerados por alguns espiritualistas como sendo provocados por espíritos despidos do corpo físico. É importante compreender que os espíritos das individualidades, que se encontram separados do corpo físico, tem a possibilidade de interferir no comportamento das individualidades encarnadas e o fazem através do campo energético. Como já afirmado, a comunicação entre um desencarnado e um encarnado, somente é feita através de pessoas que são dotadas de sensibilidade própria para aquele tipo de comunicação, que se opera através do pensamento que é exposto pelo campo energético, instrumento através do qual se faz a conexão entre os comunicantes.

Quando a individualidade está consciente de que deve agir de forma contrária ao que está fazendo, percebe através do sofrimento que deve buscar ajuda e essa ajuda, pode ser encontrada através de pessoas que estudam as condições em que ocorrem as situações geradoras de sofrimento e procuram orientar os necessitados através de uma elucidação do que ocorreu na caminhada delas. Desta forma são expostos os problemas que resultaram no tal sofrimento e são clareados os meios pelos quais a individualidades podem alterar o rumo de sua conduta e deixar de lado o sofrimento. A maioria dos meios utilizados para fazer as descobertas dos problemas geradores do desconforto, são as leituras extraídas dos campos energéticos das individualidades que buscam a solução.

Existem individualidades que são ou se tornam mais sensíveis e, por isso, conseguem, com determinadas técnicas, fazer uma leitura adequada das situações que geraram o desconforto e assim o terapeuta organiza um plano para que a individualidade sofredora possa conduzir de forma diferente a sua experiência e, consequentemente, deixar o sofrimento.

Não devemos esquecer que quem determina o rumo da conduta a ser tomada por cada individualidade é o prazer ou o sofrimento que foi gerado pela adequação ou inadequação do seu comportamento frente a harmonia. Quando harmônico o prazer indica que aquele é o melhor caminho, quando desarmônico, o sofrimento faz com que a individualidade possa mudar o rumo de sua conduta e quando ela não consegue enxergar esse rumo, mas consegue pedir ajuda a especializados terapeutas, oficiais ou não, surgirão as condições que a levam a fazer as mudanças necessárias. Quando, porém, a individualidade não é capaz de encontrar os caminhos da melhor solução, algumas desistem da caminhada de aprendizado e praticam o denominado suicídio, que as levam de retorno a uma nova estada no plano espiritual e, posteriormente, ao físico para procurar superar, desta feita, as dificuldades encontradas naquele momento passado.

O aprendiz terá sempre uma nova chance de encontrar o caminho da harmonia e isto é feito nas várias etapas que aparecem em sua caminhada, denominada por muitos, como reencarnações, mas que podem ser entendidas como uma nova etapa de aprendizado na sua existência eterna.

A expansão do universo importa na expansão do espírito divino, esse aumento corresponde ao tamanho do conhecimento introjetado por cada individualidade através de sua experiência com os atos praticados no dia a dia, com intenção de buscar a harmonia, chave universal do desenvolvimento.

No princípio a individualidade é constituída por uma partícula do Criador e esta partícula vai se expandir para aumentar o Espírito Divino. Esse aumento ocorre porque a individualidade portadora da partícula divina vai crescendo na medida em que sua experiência lhe proporciona a capacidade de expandir o seu conhecimento e aplicá-lo na sua conduta diária. A solidariedade é a recompensa pelo crescimento da individualidade. Quando está preparada para cultivar a solidariedade seu caminho de aprendizado será mais tranquilo, porque já tem dentro de si o reconhecimento de que faz parte do Todo. Nesta altura da sua evolução, a individualidade busca incessantemente colaborar na construção de uma humanidade melhor. A solidariedade coloca a individualidade no rumo do crescimento espiritual, fazendo com que ela possa estender essa solidariedade para os representantes dos demais reinos, o que leva a uma melhor compreensão da interação entre tudo.

É importante perceber que a individualidade foi construindo o seu programa instintivo e, por ele, é dirigido ao longo do tempo e, com esse passar do tempo, vai se desligando das determinações do citado programa. É bom saber por exemplo, que um animal vivente na floresta, possui o sistema imunológico altamente desenvolvido, caso contrário, não teria como se proteger das doenças por determinação própria. Esta defesa contra os problemas de saúde ocorre justamente por esse motivo.

Conforme a individualidade vai aumentando o seu conhecimento, torna-se cada vez mais capaz de escolher e buscar a proteção contra seus algozes. Quando aparece essa capacidade de organização defensiva, vê-se que a individualidade já está adquirindo o livre arbítrio e aí passa a manipular as determinações de seu programa instintivo, quando então deverá, conscientemente, produzir seus próprios meios de sobrevivência e a proteção de seu corpo físico. Terá que buscar o bem-estar através da construção da moradia, alimentação, meios para se proteger das armadilhas geradas por sua conduta, tudo fundado na liberdade de escolha.

Seguindo por esse raciocínio, vamos encontrar também as dificuldades para que o corpo físico disponha de uma razoável imunidade, pois as alterações levadas a efeito pela individualidade, que agora controla o programa instintivo, modificam completamente as ações que antes eram determinadas e agora escolhidas. Essa escolha acaba ocasionando diferentes formas de resultados por causa da alimentação, dos costumes adquiridos e em razão do que prevalece por vontade da individualidade e isso a leva a ter que procurar meios para se defender da falta de imunidade. Tudo isto ocorre para que a individualidade exercite a exposição de sua inteligência oculta e que através destes atos de busca, cresça em aprendizado e possa, cada vez mais, exercer o seu mister, que é o aperfeiçoamento. O caminho a ser escolhido será indicado pelo desconforto gerado pela doença ou pelo conforto gerado pela harmonia, como já afirmado anteriormente.

Para que isto ocorra de modo significativo é necessário que a individualidade disponha do instrumento adequado para operar a escolha das individualidades, em companhia de quem fará sua caminhada, num determinado período de tempo. Como já dissemos, o instrumento que a individualidade dispõe para esse mister é o campo energético, cujo instrumento fará de forma adequada a união das individualidades que estarão presentes e partilharão juntos, a sala de aula onde se dará o aprendizado.

Assim como num quebra-cabeças, as peças somente se encaixam em determinados lugares, também as individualidades, através do campo energético, buscarão partilhar com determinadas pessoas e local onde fará seu estágio, com o fito de aperfeiçoar-se.

O espírito que forma a individualidade é o autor de todo pensamento e vontade, emanados dela, tem, como já afirmamos anteriormente, um banco de memórias e esse banco fica ativo durante toda sua existência, porém ele fica oculto durante a fase em que o espírito se utiliza de um corpo físico para fazer o seu estágio de aprendizado.

Durante esse tempo, com a formação de um novo corpo físico, há a formação de um novo banco de memórias que arquivará todos os dados sobre os acontecimentos diários, cujos dados são necessários para o aprendizado durante o período em que fará suas novas experiências. Esse novo banco de memórias está inserto no cérebro da nova unidade vivencial e coordenará todas as funções inerentes a essa máquina corporal física da individualidade nesta nova experiência.

Quando a individualidade sai do período de repouso, estada no mundo espiritual, assim denominado, por se tratar de um local onde a individualidade, aí sem o corpo físico, faz a reflexão de tudo o que ocorreu durante a sua caminhada passada e, consequentemente, se programa para fazer nova investida no corpo físico. Aí verifica quais são as suas necessidades e através da reflexão, o seu espírito que comanda todo o processo construtivo tem a capacidade de operar as modificações necessárias, inclusive intervindo até mesmo no mapa genético a fim de escolher as determinantes físicas de que necessita para efetuar adequadamente suas novas experiências que resultará em novo trabalho de aprendizado.

Um exemplo disso pode ser verificado quando a individualidade chega ao mundo físico com determinada característica, às vezes sem a visão, sem a audição, sem a fala, ausência de membros, sem o controle de determinas funções, enfim, com as mais variadas formas de ausências ou variantes de comportamento, necessárias ao seu aprendizado. Todas estas modificações genéticas são baseadas na necessidade que a individualidade tem para aumentar o seu aprendizado evolutivo.

Desta forma, concluímos que o campo energético é o instrumento que o espírito utiliza para comunicar e dar aparência sobre o seu atual estado de evolução, fazendo com que a individualidade possa buscar o que é necessário para fazer o seu estudo e consequente aprendizado na busca da harmonia, encontrando, no final, a perfeição que a levará ampliada na integração ao Todo, de onde saiu como partícula divina, com a finalidade de expandir a obra criadora.

Tudo sai do Criador e volta para o Criador, mas de forma ampliada.

Bela Vista do Paraíso, 17 de novembro de 2020

Caetano Zaganini