O universo foi criado no instante em que o elemento primordial se estruturou e se transformou em matéria. Essa transformação ocorreu de maneira instantânea, resultando em uma grande explosão. A matéria formada naquele momento consistiu em matéria densa e em uma variedade de matéria sutil, cuja divisão ainda é desconhecida pelos habitantes oriundos do planeta Terra, mas que aos poucos está sendo desvendada.
Com a explosão, ocorreu instantaneamente a divisão do grande bloco formado pela estruturação do elemento primordial. Essa divisão estabeleceu, em primeiro lugar, a formação das galáxias, que, por sua vez, deram origem aos astros, lembrando que esse processo se desenrolou ao longo de milhares de anos. No início de sua existência, os astros apresentavam diferentes tamanhos e desempenhavam atividades semelhantes às do Sol, que atualmente compõe o sistema solar terrestre.
Para a estruturação da matéria que é a atuação da Força Cósmica Universal, com a qual o Criador realiza sua construção universal, surgiu como um elemento o campo gravitacional, ou seja, a gravidade. Esse elemento é fundamental para manter a estruturação de toda forma de matéria, desde a mais densa até a mais sutil, uma vez que o universo é completamente formado por matéria. Não há um só milímetro onde não exista matéria, tudo é matéria e não há vácuo. A matéria, como já mencionamos, possui uma divisão abrangendo o mais denso até o mais sutil.
A fim de entender o movimento planetário, Isaac Newton, renomado físico inglês, se fundamentou no modelo heliocêntrico de Nicolau Copérnico para basear seus estudos. Analisando então o movimento dos planetas, Newton apresentou uma explicação, na qual mostrava que esse movimento era baseado em uma atração entre os corpos, nesse caso, entre os planetas. Segundo Newton: O Sol atrai os planetas; A Terra atrai a Lua; A Terra atrai todos os corpos que estão perto dela.
Depois de analisar esses fatos, Newton, numa tentativa de resumir esses conceitos, os chamou de força gravitacional. Ou seja, existe uma força que atrai todos os corpos, estejam eles no espaço ou na Terra. Tais forças são grandezas vetoriais, porque possuem módulo, direção e sentido. A representação matemática da lei da gravitação universal é:
Onde:
F = intensidade da força gravitacional
G = constante de gravitação universal, cujo valor é 6,67.10-11 Nm²/kg²
M e m = massa dos corpos analisados
d = distância
Através da equação apresentada por Isaac Newton, a fim de analisar as forças que atuam na Terra e em suas proximidades, devemos lembrar que em sua Terceira Lei, Newton fala sobre a ação e a reação. Baseados então nessa questão, vemos que a atração entre os corpos deve ser mútua para que haja equilíbrio entre eles, ou seja, a Terra atrai a Lua, mas, em contrapartida, a Lua também atrai a Terra, com mesma intensidade, mesma direção, porém com sentido contrário. O mesmo acontece com os demais corpos já citados.
Em resumo, pode-se definir que a força gravitacional é o resultado diretamente proporcional entre o produto de massas e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre os centros de massa. Tal análise, é claro, deve ser feita para corpos que se atraiam gravitacionalmente.
Por Talita A. Anjos
Graduada em Física
Equipe Mundo Educação
Mecânica – Física – Brasil Escola”
Toda matéria está estruturada em átomos, que são as partículas fundamentais que a compõem. Cada átomo é dividido em duas estruturas principais: o núcleo, que contém os prótons e nêutrons, e a eletrosfera, onde os elétrons estão localizados. Os átomos são as unidades constituintes da matéria, e os átomos maiores são os sistemas solares, que por sua vez formam um corpo celeste de grande proporção.
Na matéria densa, além dos sistemas solares, encontramos elementos conhecidos pelos terráqueos, que compõem tudo o que é tangível. Esses elementos são formados por átomos de tamanho microscópico, os quais se organizam de maneira estruturada. Assim, podemos considerar duas divisões fundamentais da matéria: a primeira refere-se à formação dos átomos, que constituem os sistemas solares, e a segunda diz respeito aos átomos microscópicos que formam a matéria do primeiro átomo. As subdivisões atômicas continuam a se desdobrar e permanecem desconhecidas para os terráqueos, sendo simplesmente denominadas de matéria sutil.
O campo gravitacional é o elemento fundamental que mantém toda a matéria estruturada. Ele está presente em todos os momentos em que ocorre a divisão da matéria para formar individualidades. Estas individualidades se desenvolvem e se aperfeiçoam para concretizar a expansão do Criador. Como já afirmamos, o início da formação das individualidades ocorre no momento da grande explosão, quando se formam os núcleos atômicos que começam a exercer suas atividades. Ao longo do tempo, essa atividade se modifica com a perda de potencial, resultando no resfriamento do corpo celeste, que se transforma em um elétron, formando consequentemente um novo planeta. Esse novo elétron passa a integrar a composição de um átomo originário, ou seja, um sol e seus planetas.
Nossas ponderações sobre o resfriamento de um astro solar e sua transformação em planeta devem considerar que esse é um processo especial que dura milhões de anos. Não é nossa intenção nos aprofundar nas formas como isso ocorre, mas apenas afirmar que realmente acontece. Também não pretendemos explicar como se dá a desestruturação da matéria, nem como ela se aglomera para formar o elemento primordial e a estruturação necessária para se transformar em matéria.
O planeta tem o objetivo de consolidar a formação de novas individualidades para que possam dar continuidade à expansão do Criador. Assim como numa sala de aula, as individualidades, durante sua existência, farão o aprendizado para agir dentro dos ditames da lei da harmonia, a fim de se desvencilharem das amarras da matéria que até então as auxilia durante seu aperfeiçoamento.
Como já discutido, com a diminuição da atividade do astro, ocorre o seu resfriamento externo, o que o transforma em um planeta. Esse processo gera as condições necessárias para o desenvolvimento do reino mineral, que, por sua vez, realiza as primeiras divisões, originando o reino vegetal, o qual favorece o surgimento do reino animal. Até esse ponto, a fagulha divina encontra-se recoberta pela matéria sutil, mas também utiliza a matéria densa a que chamamos de instrumento físico, para operar seu aperfeiçoamento.
Tudo no universo é uma grande divisão que se inicia com a formação da matéria e continua para sempre. A matéria, ao ser retirada das individualidades por meio da desestruturação, forma novamente o elemento primordial, a partir do qual novos universos se constituem. Esse processo ocorre de maneira infinita.
É importante esclarecer que todas as individualidades são dotadas do Espírito Divino, que é imaterial e as sustenta. Tudo foi criado com o objetivo de alcançar a perfeição, a qual se desenvolve de acordo com as experiências vividas por cada individualidade ao longo de sua existência. A partícula do Espírito Divino presente em cada ser carrega consigo toda a sabedoria do Criador, e essa sabedoria se revela gradualmente, conforme as ações são realizadas em conformidade com a lei da harmonia.
Cada ação que favorece a harmonia contribui para a libertação do princípio espiritual em relação à matéria que compõe a individualidade, começando pela matéria densa e avançando para a matéria sutil, em suas diversas subdivisões. No universo, tudo é matéria, e é fundamental ter consciência de sua existência, mesmo que ainda não seja plenamente compreendida pelos seres humanos terráqueos. A ciência busca evidências tangíveis e passíveis de experimentação, mas ainda não alcançou o nível de conhecimento necessário para comprovar a existência da matéria sutil que se manifesta em várias escalas.
A estrutura da matéria se dá por meio da divisão em partículas que formam os átomos. Esses átomos podem ter uma primeira composição, semelhante à estrutural dos sistemas solares. Posteriormente, temos a composição atômica que é conhecida pelos seres terráqueos, e é essa primeira estruturação que resulta na matéria densa.
Além disso, a matéria também é organizada em outras divisões que constituem a matéria sutil, ainda desconhecida pelos seres humanos, mas que integra sua composição e da qual eles fazem uso, mesmo sem reconhecer. Tudo está entrelaçado, desde a matéria mais densa até a mais sutil, formando um único bloco que é o universo.
Cada planeta possui seu próprio sistema para a formação das individualidades, que se iniciam no reino mineral, passam pelo reino vegetal e, finalmente, alcançam o reino animal. Ao longo do tempo, essas individualidades se aperfeiçoam, e no reino animal algumas se destacam em relação às outras, o que lhes permite atingir o livre-arbítrio antes do que as demais. O reino animal é composto por diversas espécies, e, com o desenvolvimento, elas também alcançam o livre-arbítrio.
Devido ao livre-arbítrio, o corpo físico desses animais passa por um aperfeiçoamento mais acelerado, numa busca por um desenvolvimento que se torna mais complexo e requer novas adaptações. Em cada planeta, há sempre a possibilidade de que algumas espécies evoluam mais rapidamente do que outras, conseguindo assim atingir o livre-arbítrio em detrimento das demais. Essas individualidades podem apresentar corpos diferentes dos de seres terráqueos, que descendem de um ancestral comum aos macacos.
No universo, a composição química dos planetas pode variar, o que implica que os reinos formados para o aperfeiçoamento, a partir dos reinos mineral, vegetal e animal, podem constituir seus instrumentos físicos de maneira diferenciada. Isso ocorre porque esses instrumentos físicos possuem elementos cuja composição determina a sua constituição material.
A fagulha divina permanece inalterada em qualquer circunstância; no entanto, o instrumento que a recobre para realizar seu trabalho de aprendizado pode apresentar formas diversas em sua constituição ou aparência. Tudo, porém, está subordinado a um princípio universal: a constituição de corpos físicos que possibilitem à fagulha divina contribuir para a expansão do Criador.
Durante a estada no mundo espiritual, cada individualidade sempre carrega em seu banco de memórias a imagem de sua constituição física, especialmente a mais recente. Isso é fundamental para que, em caso de necessidade, possa informar ao interlocutor qual é a sua aparência. Quando as individualidades estão livres do corpo físico, essa informação torna-se extremamente importante, tanto para elas quanto para aqueles que as buscam. Todo esse processo ocorre por meio do pensamento, que gera as imagens em suas mentes, uma vez que não têm a certeza de com quem estão se comunicando.
As individualidades que estão livres do corpo físico, composto de matéria densa, mantêm-se em um nível de evolução que ainda requer referências para se comunicarem, utilizando, assim, as imagens que resgatam de suas experiências nos trabalhos de aprendizado corpóreo. Após alcançarem um determinado grau de evolução, deixam de se comunicar por meio dessas imagens, passando a interagir unicamente através do pensamento. Para elas, não há mais necessidade de saber quem são ou com quem estão se comunicando. Este estado avançado de evolução permite que se situem em um patamar de igualdade, considerando-se partes de um mesmo todo.
É fundamental ter sempre em mente que o princípio universal do desenvolvimento aperfeiçoativo é o mesmo para toda a criação divina. Independentemente da forma e do conteúdo material dos corpos físicos que cada individualidade recebe, o que propicia o aperfeiçoamento são esses corpos físicos, que, na primeira fase da evolução, oferecem as condições necessárias para a recepção das informações adequadas. Essas informações permitem que os indivíduos avaliem se seus atos estão sendo realizados de acordo com o que determina a lei da harmonia.
As respostas aos atos praticados pela individualidade serão indicativas de como os próximos atos devem ser realizados. O caminho da evolução é longo, e todas as individualidades terão, mais cedo ou mais tarde, a oportunidade de elaborar seus atos adequadamente para alcançar um resultado sempre mais harmônico durante seu aprendizado.
É importante ter em mente que a sabedoria divina é universal e, portanto, tudo o que as individualidades conhecem é a mesma coisa, independentemente do local em que se encontram ou do formato de seus instrumentos físicos. Essa sabedoria divina é única em todo o universo, não importa qual seja o momento ou o lugar em que tenha sido estabelecida como tal.
Como já mencionamos, tudo no universo seguirá o mesmo caminho até alcançar o ápice da perfeição, momento em que será possível observar a expansão do Criador. Esse percurso se inicia na formação do universo, ou seja, na estruturação da matéria, que servirá como um instrumento auxiliar da fagulha divina, permitindo que esta realize seu aperfeiçoamento. O aperfeiçoamento ocorre em etapas.
Com a formação do universo, começam a ocorrer as primeiras divisões da matéria, que darão origem às individualidades necessárias para a estrutura que sustenta a fagulha divina em seu processo de aperfeiçoamento. A matéria é subdividida em uma vasta gama de estados, que vão desde os mais densos até os mais sutis. Atualmente, a humanidade possui conhecimento da matéria em seu estado mais denso, mas já começa a vislumbrar a existência de suas divisões mais sutis.
Como já afirmado, a estruturação do elemento primordial dá origem à matéria, que neste momento inicia seu ciclo de individualização, tornando-se suporte para a fagulha divina que começa sua jornada rumo à perfeição, cuja finalidade é a expansão do Criador. A formação da matéria assemelha-se a uma grande explosão, que inicialmente divide-a em porções que comporão os elementos necessários para a construção dos átomos. Nesse processo, os sistemas solares surgem como os primeiros átomos, proporcionando uma maior visibilidade aos habitantes do planeta Terra nesta fase de evolução.
A matéria que compõe os grandes átomos, representados pelos sistemas solares, também se subdivide, formando átomos microscópicos. Assim, podemos observar que existe uma vasta divisão na formação da matéria. Essa divisão vai além da compartimentação atômica conhecida pelos seres humanos. Semelhante aos grandes átomos dos sistemas solares, os átomos que constituem a matéria física disponível no planeta se dividem continuamente até alcançar um estado sutil, ainda desconhecido pela humanidade terráquea. Essa matéria sutil dá origem ao mundo espiritual, onde os espíritos são recebidos ao deixarem de utilizar os instrumentos físicos em sua jornada evolutiva.
Esta matéria, como mencionamos, é dividida em estados que começam com o denso e se desenvolvem até alcançar o extremo da sutileza. Toda fagulha divina está intrinsecamente embutida na matéria, uma vez que a força cósmica universal é o elemento que sustenta a formação dessa matéria. Quando a fagulha divina deixar de fazer parte da matéria, seu propósito terá sido cumprido, e ela alcançará a perfeição, voltando assim a ser parte intrínseca do Criador.
Podemos afirmar que o desenvolvimento do aprendizado é o processo pelo qual a fagulha divina se desvincula da matéria mais densa, mantendo-se, ao mesmo tempo, conectada a formas materiais cada vez mais sutis. Esse desvinculamento, que ocorre ao longo da jornada da fagulha divina, é o que chamamos de aprendizado evolutivo, cujo objetivo é o aperfeiçoamento. Nesse contexto, a individualidade continua a assimilação do desenvolvimento da natureza, especialmente quando está sob a influência do programa instintivo.
O programa instintivo é o responsável por conduzir o desenvolvimento das individualidades até que estas possam determinar suas ações de acordo com sua própria vontade. Esse momento, denominado aquisição do livre-arbítrio, é considerado fundamental para a individualidade, pois permite que ela desenvolva seu aprendizado de forma mais fluida e rápida. A importância da aquisição do livre-arbítrio reside na possibilidade de fornecer condições para que a individualidade realize seu aprendizado com consciência, o que gera maiores oportunidades para organizar seu planejamento. Isso, por sua vez, pode resultar em uma maior agilidade na internalização das soluções encontradas durante a realização das atividades cotidianas.
O espírito utiliza, desde o início de sua existência, o corpo físico como instrumento para seu aprendizado. Ao adquirir o livre-arbítrio, o espírito tem a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos, alinhados à primeira fase da evolução da humanidade. Como nessa etapa o aprendizado apenas se inicia, ele dará continuidade a sua jornada sem a necessidade do corpo físico mais denso. Assim, termina o período de evolução correspondente à primeira fase evolutiva.
Quando abordamos a individualidade que utiliza o instrumento físico para praticar e desenvolver seu aprendizado, estamos nos referindo ao início da jornada evolutiva, ou seja, à primeira fase de evolução. A partir desse ponto, algumas individualidades que se aperfeiçoaram mais poderão entrar em uma nova etapa de desenvolvimento evolutivo, a que chamamos de segunda fase de evolução. Nessa segunda fase, as individualidades que atingiram um grau de aprimoramento suficiente seguirão com seu aprendizado, utilizando agora a matéria que se encontra em um estado mais sutil.
Várias profecias apocalípticas estão presentes na história da humanidade. No Novo Testamento da teologia cristã, é possível encontrar profecias que descrevem uma grande transformação no planeta. Muitas pessoas escolhidas, que serão em número reduzido, habitarão um novo céu e uma nova terra, onde não experimentarão mais fome, sede, cansaço, dor ou a necessidade de um abrigo que os proteja das intempéries.
Esses escolhidos representam as individualidades que alcançaram um determinado nível de evolução e que poderão compor esta nova Terra, vivendo em harmonia com os demais seres do universo e seus companheiros de jornada. Esses selecionados aprenderão a oferecer apoio aos que ainda fazem parte da primeira fase de evolução principalmente no mundo espiritual.
Os novos habitantes do planeta, após um período de aprendizado e a devida preparação, se deslocarão para outros mundos onde ainda se realiza a aprendizagem típica da primeira fase de evolução, com o objetivo de auxiliar os que enfrentam dificuldades. Esses aprendizes poderão contribuir em planetas selecionados, atuando exclusivamente no plano espiritual ou, em alguns casos, recebendo um corpo físico para colaborar com o aprendizado de seus habitantes. Aqueles que optarem por utilizar o corpo físico no planeta onde prestarão assistência terão a oportunidade de aprofundar ainda mais o aprendizado que já adquiriram até então.
Toda vez que um planeta se estabelece como tal, inicia sua trajetória com o objetivo de organizar as individualizações que surgem. Em primeiro lugar, estabelece-se o reino mineral; após essa organização, dá-se início à formação do reino vegetal, e, posteriormente, ao reino animal. É importante lembrar que os reinos sempre surgem com base no antecessor, ou seja, cada novo reino representa um aperfeiçoamento do anterior.
Quando se inicia o desenvolvimento de um planeta, seres mais evoluídos que se encontram na segunda fase de evolução vêm a esse mundo para organizar o plano espiritual, que fornecerá o suporte necessário para que o desenvolvimento ocorra adequadamente. É importante ressaltar que os trabalhadores designados para essa tarefa já passaram por um processo de aprimoramento desde o momento em que iniciaram sua estada no planeta, onde foram contemplados com um novo céu e uma nova terra.
Todas as individualidades presentes para organizar o início do desenvolvimento do novo planeta são oriundas de planetas que estão na segunda fase de evolução, constituindo seres que não se abrigam mais em um corpo físico. O planeta em fase de desenvolvimento sempre se encontrará a uma distância suficiente para que seus habitantes, enquanto estão na primeira fase de evolução, não consigam alcançar outros planetas, nem sejam alcançados pelos seres desse outro planeta que estejam na mesma fase de evolução. Essa distância é fundamental para evitar qualquer interferência no desenvolvimento dos habitantes do novo planeta.
Dessa forma, a nova fase de evolução poderá ser vista como uma forma diferente de caminhar em direção à perfeição. Como os habitantes desse planeta não mais utilizarão a matéria densa para formar seus corpos físicos, uma vez que não precisarão mais deles, esse planeta não os comportará e será habitado apenas por aqueles que conseguirem permanecer nessa nova fase de aprendizado. O planeta não disporá mais das condições necessárias para a formação de novos corpos físicos, como ocorre atualmente na Terra, tornando-se inabitável nos mesmos termos do que acontece no momento presente.
Os planetas que possuem condições para a manutenção de individualidades e que se encontram na primeira fase de evolução nunca estarão tão próximos uns dos outros, justamente para que nenhum possa interferir diretamente no desenvolvimento do outro. Isso se deve ao fato de que comportamentos diferentes poderiam alterar o ritmo normal de evolução de cada um. Por exemplo, se os habitantes da Terra, nos dias de hoje, pudessem estar em um outro planeta habitado que estivesse em um nível de desenvolvimento semelhante, é provável que escravizassem essa população, considerando o comportamento humano atual. Eles agem com os habitantes do próprio planeta de maneiras que não fariam se estivessem em outro. Por essa razão, a sabedoria divina, que ordena o desenvolvimento do todo, já determina esse distanciamento entre planetas, evitando que possam se anular mutuamente e dificultar o processo de aprendizado de determinadas populações.
Todo o desenvolvimento intelectual que ocorre na população de um planeta está limitado pela normalidade dos estudos. Esse aprendizado está relacionado à compreensão do funcionamento da matéria predominante no planeta, de acordo com o estado atual da evolução de seus habitantes. Quando os indivíduos alcançarem um nível superior de evolução, deixarão de estudar o desenvolvimento da matéria densa e passarão a se dedicar ao funcionamento da matéria sutil, na qual estarão imersos durante sua permanência no planeta apropriado para a próxima etapa de evolução.
Todos os habitantes do planeta, na segunda fase da evolução, estarão livres dos problemas relacionados ao egoísmo, orgulho, apegos à materialidade, entre outros. Em primeiro lugar, isso ocorre porque, ao não dispor de corpo físico, as sensações corporais estarão ausentes. Não haverá a necessidade de se vincular ao materialismo, uma vez que, nesta fase, não será mais necessário adquirir alimentos, vestuário, abrigos etc. Nesse estágio, estarão livres das amarras da matéria densa, que é a responsável por proporcionar as situações que permitem à individualidade vivenciar sensações e, assim, descobrir o melhor comportamento a adotar para alcançar seu aprendizado.
Nesta próxima fase de evolução, as individualidades estarão prestando auxílio àqueles que necessitam. Esses necessitados estarão sempre na fase anterior de evolução, lidando com o corpo físico que determina as situações para que possam trilhar o caminho da harmonia. Muitas vezes, o sofrimento que enfrentam é intenso, e esses seres de uma evolução superior estão prontos para ajudar a aliviar as dores extremas resultantes do processo de aprendizado. Essas dores surgem em resposta a atos praticados, e esses seres estão presentes para oferecer socorro, que pode ser individual ou direcionado a um grupo de pessoas, a uma nação ou até mesmo a todo o planeta.
Todo o trabalho realizado é feito sem a expectativa de que os resultados correspondam ao que se espera. Isso ocorre porque as ações desses missionários não interferem na vontade das individualidades assistidas, o que poderia ser interpretado como uma imposição, uma imposição que nem o Criador faria, já que a liberdade é o maior tesouro da Criação. Tudo acontece de forma livre, e se há restrições em alguma circunstância, elas são fruto da vontade própria, e não de uma determinação do Criador. Este, por sua vez, criou tudo de forma livre, e são as próprias individualidades que estabelecem as amarras no desenvolvimento de seu aprendizado.
Ao falarmos sobre as fases de evolução, frequentemente mencionamos apenas a primeira e a segunda fase. No entanto, as fases surgem à medida que as individualidades vão aprimorando o seu aprendizado. Podemos comparar essas fases ao sistema educacional que temos atualmente no planeta terra, mais especificamente no Brasil. A educação escolar brasileira está organizada em dois níveis: a educação básica e a educação superior. A educação básica é composta por três etapas: educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. Já a educação superior está estruturada da seguinte forma: curso técnico superior profissional (CTeSP), licenciatura, mestrado integrado, mestrado e doutorado.
As individualidades iniciam seu aprendizado a partir do momento da criação e passam por diversas etapas até alcançarem o livre-arbítrio, que representa o primeiro aprendizado consciente. Esse processo se conclui com a finalização da primeira fase de aprendizado, possibilitando a transição para a próxima fase de evolução. Nessa nova etapa, as individualidades estarão em uma condição renovada, e seu aprendizado será mais avançado em comparação ao que foi adquirido anteriormente. Essa dinâmica se repetirá toda vez que elas completarem o processo de aquisição de novos conhecimentos.
Devemos ter consciência de que o planeta também está em um processo de aprimoramento. Embora ele seja a fonte primária para a formação das novas individualidades, possui sua própria maneira de alcançar esse aperfeiçoamento. É fundamental compreender que cada individualidade tem seu próprio tempo para se desenvolver e que esse processo ocorre em etapas.
Quando as individualidades de um planeta atingem um determinado nível de evolução, elas podem ser transferidas para outro planeta que as acolherá adequadamente ou, dependendo das condições do planeta original, podem permanecer nele. Em breve, isso ocorrerá com o planeta Terra nesse início de caminhada, onde uma parte das individualidades que já alcançaram o patamar evolutivo necessário para avançar para a segunda fase de evolução permanecerá. As demais individualidades, por sua vez, serão transportadas para planetas que possuam as condições adequadas para recebê-las, uma vez que continuarão seu aprendizado a partir do estágio que conseguiram atingir. Essa informação pode ser encontrada no livro “O Apocalipse na Visão dos Extraterráqueos”, que já publicamos no mesmo site.
Os planetas habitados que se encontram na primeira fase de evolução estão situados a distâncias suficientes para que não haja interferência entre as individualidades que habitam um planeta e as que habitam outro. Isso ocorre porque elas ainda utilizam o corpo físico, que não permite o deslocamento para outro planeta devido às características da matéria densa que empregam. As individualidades que não fazem uso da vestimenta física também não conseguem se autotransportar a distâncias tão longínquas. Embora sejam capazes de se deslocar para muitos locais distantes no planeta que habitam, são incapazes de alcançar as distâncias que separam esses planetas.
A nova Terra e o novo céu, nos quais o planeta será transformado, serão considerados por habitantes de outros planetas em fase inicial de evolução como extraplanetários. Da mesma forma, atualmente, os habitantes da Terra veem os habitantes de planetas com uma evolução mais avançada como Extraterráqueos
Assim podemos afirmar que o planeta estará preparado para acolher essas individualidades, que agora se encontram em um estágio mais avançado de evolução e requerem esse tipo de adaptação. Este planeta, em um novo nível evolutivo, se torna distinto de outros que ainda permanecem em sua fase inicial de desenvolvimento. É importante ressaltar que os planetas em sua primeira fase evolutiva estarão sempre a distâncias consideráveis uns dos outros, o que impossibilitará a comunicação física com esses mundos que estão em seu estágio primário, funcionando como uma forma de proteção para seus habitantes.
Em se tratando do aprendizado, nesta nova fase de evolução haverá uma importante jornada na qual os caminhantes aplicarão o conhecimento adquirido em prol daqueles que necessitam, frequentemente encontrando-se em estágios menos avançados de aprendizado. Todo o trabalho que eles realizarão será em benefício da construção de condições que possibilitem a contínua melhoria de suas habilidades, permitindo assim que avancem na grande obra do Criador em sua destinação expansiva.
Sempre podemos afirmar que as individualidades iniciam seu aprendizado no momento da criação e passam por várias etapas até alcançarem o livre-arbítrio, que marca o início do primeiro aprendizado consciente. Esse processo se completa com o encerramento da primeira fase de aprendizado, permitindo a transição para a segunda fase de evolução. Nessa nova etapa, as individualidades estarão em uma condição diferente, e seu aprendizado será mais avançado em relação ao que foi adquirido até então.
As individualidades que atingiram um novo patamar de evolução e aprenderam a viver em conformidade com os princípios da harmonia serão incapazes de causar qualquer mal às demais individualidades, especialmente àquelas que se encontram em um estágio inferior de evolução. Isso contrasta com o que é frequentemente veiculado na mídia terrestre, que afirma que os extraterráqueos cometem diversas maldades contra os seres humanos. Muitas dessas narrativas são mirabolantes e, muitas vezes, distorcem a realidade dos fatos apresentados.
Quando nos referimos aos seres de outros planetas, estamos falando de todos aqueles que, de certo modo, estão vinculados a esses mundos. Esses seres podem ser provenientes de planetas em fases iniciais de evolução, assim como de planetas que já atingiram estágios mais avançados de desenvolvimento quando alguns dos iniciantes forram trasladados para outros mundos por compatibilidade de evolução.
Os seres de planetas em início de evolução são reconhecidos por utilizarem a matéria física do próprio planeta em atividade para organizar seu corpo físico, que serve como um instrumento auxiliar em seu processo de aprendizado.
Os seres de uma evolução mais elevada estão normalmente vinculados a planetas onde a matéria densa, que poderia compor a vestimenta física de seus habitantes, se encontra em estado semi-inerte. Nesses ambientes, não há possibilidade de organizar e desenvolver os instrumentos físicos necessários para que as individualidades em sua primeira fase de evolução possam dar continuidade aos seus estudos. Assim, esses planetas serão sempre habitados por seres que não dependem mais da estrutura física para realizar seu aprendizado.
Como afirmamos anteriormente, o planeta se forma a partir do resfriamento de seu sistema atômico, iniciado no momento de sua criação. Ao longo do tempo, esse processo transforma o corpo celeste em um planeta capaz de evoluir. Após determinado período, ele adquire as condições necessárias para desenvolver o reino mineral, em seguida o reino vegetal, e, por último, o reino animal. O resfriamento prossegue até que o planeta deixe de oferecer as condições indispensáveis para o desenvolvimento da “vida”, tal como é compreendida pelos terráqueos, desta forma o planeta se torna estéril.
Como já mencionado anteriormente, tanto o espírito em sua primeira fase de evolução, sem a vestimenta, quanto o extraterráqueo também desprovido dela, estão entrelaçados na matéria sutil. Esta se torna cada vez mais sutil à medida que o desenvolvimento evolutivo do espírito avança. Assim, os estados da matéria podem ser representados como uma forma de luz. Essa observação é relevante, pois permite que compreendamos as descrições encontradas nos escritos do Livro Sagrado da Doutrina Cristã, além de diversas outras obras de autores que abordam o entendimento desse estado espiritual. Também se relaciona à filosofia oriental e a várias publicações que relatam fenômenos referentes a aparições de entidades que não mais se sustentam na matéria densa, bem como ao surgimento de diversas mitologias.
De um modo geral, tudo se emaranha nas descrições sobre a aparência dos seres de luz. Nos diversos ensinamentos, pode-se observar uma similaridade no desenrolar dos acontecimentos considerados “sobrenaturais”, bem como em afirmações sobre uma realidade ainda pouco compreendida pelos habitantes do planeta Terra.
Os terráqueos, em tempos passados, não conseguiam expressar adequadamente os fenômenos que observavam e, por isso, recorriam a diversas narrativas para explicar a criação do planeta e a vida de seus habitantes. Essas histórias abordavam, inclusive, questões sobre o que acontecia após a morte do corpo físico. Como a maioria das pessoas vivia em locais distantes umas das outras e a comunicação era difícil, formaram-se escolas para compartilhar conhecimentos com aqueles que estavam mais próximos. Assim, as histórias foram transformadas em contos mitológicos e lendas, permitindo que a população conhecesse um pouco mais sobre sua própria realidade.
Desde tempos imemoriais, a humanidade se questiona sobre a origem da Terra. Como tudo começou? De onde são vindos? Em busca de respostas, diversas culturas ao redor do mundo desenvolveram mitos e lendas que tentam explicar o surgimento do planeta terra. Essas narrativas refletem as crenças, os valores e a imaginação de sociedades antigas, proporcionando uma visão fascinante sobre a formação da Terra.
No site Mitos e Lendas, podemos destacar o seguinte: desde tempos imemoriais, a humanidade se questiona sobre a origem da Terra. Como tudo começou? De onde são vindos? Em busca de respostas, diferentes culturas ao redor do mundo criaram mitos e lendas que explicam o surgimento do planeta. Essas histórias refletem as crenças, os valores e a imaginação de povos antigos, proporcionando uma visão fascinante de como a Terra foi formada.
A Origem da Terra nas Culturas Antigas
A Criação do Mundo Segundo a Mitologia Grega
A mitologia grega é uma das mais ricas e complexas, com uma vasta coleção de histórias que explicam a origem do mundo e da humanidade. No início, segundo os gregos antigos, havia apenas o Caos, uma grande e profunda desordem. A partir do Caos, surgiram Gaia (a Terra), Tártaro (o Submundo), e Eros (o Amor), entre outras entidades primordiais.
Gaia, a personificação da Terra, deu origem a Urano (o Céu), e juntos eles criaram os Titãs, os primeiros deuses. Esses deuses, por sua vez, deram origem aos outros seres divinos e humanos, formando a ordem do mundo como é conhecido. A história de Gaia e Urano, é fundamental para entender a origem da Terra na visão grega, mostrando como a Terra e o Céu estão interligados desde o princípio.
A Terra-Planeta na Mitologia Nórdica
Na mitologia nórdica, a origem da Terra é contada de uma forma bastante singular. No início, havia apenas um vazio, chamado Ginnungagap, rodeado por Niflheim (terra de gelo) e Muspelheim (terra de fogo). Quando o gelo de Niflheim encontrou o calor de Muspelheim, surgiu o gigante Ymir. Ymir, alimentado pela vaca gigante Audumbla, deu origem aos primeiros seres.
O deus Odin e seus irmãos, descendentes de Ymir, mataram o gigante e usaram seu corpo para criar a Terra. Seu sangue se tornou os oceanos, sua carne, a terra, e seus ossos, as montanhas. Essa narrativa ilustra uma visão do mundo como resultado de um grande sacrifício, com a Terra surgindo da destruição de um ser primordial.
O Surgimento da Terra na Mitologia Hindu
A mitologia hindu oferece outra perspectiva sobre a origem da Terra, por meio de uma rica tapeçaria de histórias e deuses. Uma das histórias mais conhecidas é a do deus Vishnu, que assume a forma de um javali gigante chamado Varaha. Quando a Terra, personificada como a deusa Bhumi, foi jogada no fundo do oceano pelo demônio Hiranyaksha, Vishnu, como Varaha, mergulhou nas águas e resgatou a Terra, carregando-a em suas presas e a colocando em segurança no universo.
Essa história destaca a relação entre os deuses e a Terra, mostrando como a origem da Terra está ligada ao equilíbrio cósmico e ao poder divino na cultura hindu.
A Origem da Terra nas Culturas Indígenas
A Criação do Mundo Segundo os Povos Indígenas da América do Norte
Os povos indígenas da América do Norte têm uma vasta coleção de mitos que explicam a origem da Terra. Um dos mais conhecidos é o mito da “Terra-Tartaruga”, comum entre as tribos iroquesas e outras nações. Segundo essa lenda, no começo havia apenas água. Uma mulher celestial caiu do céu e foi resgatada por animais aquáticos. Eles criaram uma ilha no casco de uma grande tartaruga para que ela pudesse viver. Esta tartaruga, então, tornou-se a Terra.
Este mito ressalta a conexão profunda entre a Terra e os animais, refletindo a visão indígena de que a natureza e os seres humanos estão interligados.
O Mito da Criação na Cultura Maia
A cultura maia, com sua rica mitologia, também oferece uma explicação para a origem da Terra. Segundo o Popol Vuh, o livro sagrado dos maias, no início havia apenas o céu e o mar. Os deuses decidiram criar o mundo, começando pela Terra. Eles moldaram montanhas, rios e vales, criando um espaço habitável para os seres vivos. Posteriormente, os deuses criaram os animais e, finalmente, os humanos, feitos de milho, que se tornaram a base da civilização maia.
Este mito destaca a relação entre os elementos naturais e a criação da humanidade, enfatizando a importância da Terra como o fundamento de toda a vida.
A Terra como Personagem Central em Mitos Modernos
A Origem da Terra na Ciência e na Religião
Embora estejamos falando principalmente de mitos antigos, é importante mencionar que a ideia da origem da Terra também evoluiu com o tempo, incorporando elementos de ciência e religião. Por exemplo, o Big Bang é a explicação científica mais aceita para a criação do universo, incluindo a Terra. No entanto, muitas tradições religiosas, como o cristianismo, ainda mantêm suas próprias narrativas de criação, como a história de Gênesis, que descreve Deus criando o mundo em seis dias.
Essas histórias modernas mostram como o conceito de origem continua a ser central na compreensão da Terra e do lugar do terráqueo nela, seja através da ciência ou da fé.
A descrição do início do mundo e a história de um povo escolhido apresentam a figura de um grande mestre, capaz de transformar um mundo materialista e insensível à dor alheia em um lugar onde os sentimentos de igualdade e convivência pacífica ganham destaque. Tudo isso está narrado nesta grandiosa coleção de livros chamado Bíblia Sagrada. Esses textos fundamentam as religiões cristãs e servem como orientação para uma vida que promova um caminho mais suave ao longo do processo de aprendizado evolutivo.
Ao falarmos sobre as histórias contidas no Livro Sagrado Cristão, podemos examinar diversas passagens que revelam o entendimento desse povo acerca de fenômenos que estabelecem uma ligação entre o mundo físico e o mundo espiritual. Esse livro narra a trajetória de um povo que viveu, e ainda vive, em um período mais recente do que os povos orientais de épocas anteriores. Se prestarmos a devida atenção, perceberemos que os eventos ali relatados têm um caráter educativo, funcionando como uma espécie de atualização sobre a realidade universal e, mais especificamente, da condição dos indivíduos que compõem a população do planeta, tanto em seu estado físico quanto espiritual.
O livro sagrado do cristianismo está dividido em duas partes: o Antigo Testamento e o Novo Testamento. O Antigo Testamento narra o desenvolvimento do povo de Israel, desde seu nascimento até a vinda do Messias. Já o Novo Testamento aborda essa vinda e a trajetória desse Messias até sua morte, ocorrida pelas mãos de seus próprios compatriotas. Além disso, descreve como seus ensinamentos deram origem a diversas religiões que se baseiam em sua mensagem.
Há uma curiosidade interessante nas semelhanças entre alguns eventos do Velho Testamento e aqueles descritos no Novo Testamento, especialmente em relação à figura do Mestre Jesus. Por exemplo, o relato da multiplicação dos pães, presente nos quatro Evangelhos, remete ao leitor a certos antecedentes do Antigo Testamento:
No livro que narra a história do profeta Elias, há uma passagem que destaca seus dons, como o da clarividência. Esse dom é atualmente reconhecido, segundo algumas doutrinas espiritualistas, entre pessoas que possuem mediunidade ou sensibilidade. De acordo com as Escrituras, Elias realizou vários feitos “milagrosos”, como a multiplicação da farinha e do óleo que a viúva de Serepta tinha em quantidade mínima, suficiente apenas para a produção de alguns pães. Ele transformou essa farinha e esse óleo em recursos suficientes para a confecção de pães durante um longo período, até que a seca que assolava a região terminasse.
Além disso, Elias fez descer fogo sobre um holocausto, onde um novilho seria consumido em agradecimento ao Criador. Em seguida, chamou uma chuva torrencial do céu, tudo isso para demonstrar que o Deus a quem servia era o único e verdadeiro, enquanto os magos, que ofereciam sacrifícios a outros deuses, não conseguiram realizar nada.
Elias, no final de sua vida, levou consigo um amigo profeta e, na presença dele, subiu aos céus em um carro de fogo. Ao ser levado para o céu, Elias estava acompanhado de Eliseu, que se tornaria um grande profeta e sensitivo. A história de Elias e Eliseu é elucidativa sobre os dons que possuíam como homens especiais, médiuns ou sensitivos, que eram capazes de utilizar habilidades como a clarividência, além da capacidade de prever acontecimentos futuros.
De acordo com a Bíblia, Deus escolheu a viúva de Sarepta para ser a beneficiária do milagre da multiplicação do azeite e da farinha, através do profeta Elias, porque ela demonstrou grande fé e generosidade. Quando Elias encontrou a viúva pela primeira vez, ela estava recolhendo gravetos para preparar uma última refeição para ela e seu filho, antes de morrerem de fome devido à grande seca que assolava a região naquela época. Elias pediu que a viúva lhe trouxesse água e pão, mas ela explicou que só tinha um punhado de farinha e um pouco de azeite para fazer uma última refeição para ela e seu filho, antes de morrerem de fome.
No entanto, Elias pediu que ela fizesse um pequeno bolo para ele primeiro e prometeu que o Senhor Deus a recompensaria por sua fé e generosidade, garantindo que a farinha e o azeite nunca acabariam até que a chuva voltasse a cair sobre a terra. A viúva confiou nas palavras de Elias e fez o bolo para ele, e milagrosamente, a farinha e o azeite não acabaram, como o Senhor havia prometido. A viúva e seu filho foram alimentados durante todo o tempo que durou a seca.
2 Reis 2
Almeida Revista e Corrigida 2009
Elias é elevado ao céu num carro de fogo
2 Sucedeu, pois, que, havendo o Senhor de elevar a Elias num redemoinho ao céu, Elias partiu com Eliseu de Gilgal. 2 E disse Elias a Eliseu: Fica-te aqui, porque o Senhor me enviou a Betel. Porém Eliseu disse: Vive o Senhor, e vive a tua alma, que te não deixarei. E assim foram a Betel. 3 Então, os filhos dos profetas que estavam em Betel saíram a Eliseu e lhe disseram: Sabes que o Senhor, hoje, tomará o teu senhor por de cima da tua cabeça? E ele disse: Também eu bem o sei; calai-vos.
4 E Elias lhe disse: Eliseu, fica-te aqui, porque o Senhor me enviou a Jericó. Porém ele disse: Vive o Senhor, e vive a tua alma, que te não deixarei. E assim vieram a Jericó 5 Então, os filhos dos profetas que estavam em Jericó se chegaram a Eliseu e lhe disseram: Sabes que o Senhor, hoje, tomará o teu senhor por de cima da tua cabeça? E ele disse: Também eu bem o sei; calai-vos.
6 E Elias disse: Fica-te aqui, porque o Senhor me enviou ao Jordão. Mas ele disse: Vive o Senhor, e vive a tua alma, que te não deixarei. E assim ambos foram juntos.
7 E foram cinquenta homens dos filhos dos profetas e, de longe, pararam defronte; e eles ambos pararam junto ao Jordão.
8 Então Elias tomou a sua capa, e a dobrou, e feriu as águas, as quais se dividiram para as duas bandas; e passaram ambos em seco.
9 Sucedeu, pois, que, havendo eles passado, Elias disse a Eliseu: Pede-me o que queres que te faça, antes que seja tomado de ti. E disse Eliseu: Peço-te que haja porção dobrada de teu espírito sobre mim.
10 E disse: Coisa dura pediste; se me vires quando for tomado de ti, assim se te fará; porém, se não, não se fará.
11 E sucedeu que, indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho.
Outro episódio da multiplicação de alimentos é possível verem:
2Rs 4, 42-44 lê-se o seguinte: “Veio um homem de Baal-Salisa e trouxe para o homem de Deus pão das primícias, vinte pães de cevada e trigo novo em espiga. Eliseu ordenou: “Oferece a essa gente para que coma”. Mas o servo respondeu: “Como hei de servir isso para cem pessoas?”. Ele repetiu: “Oferece a essa gente para que coma, pois assim falou o Senhor: “Comerão e ainda sobrará”. Serviu-lhes, eles comeram e ainda sobrou segundo a palavra do Senhor”.
Verifica-se que a estrutura literária é a mesma que em Mt 14, 13-21; são levados a Eliseu alguns pães; o Profeta ordena a seu servo (discípulo) que sacie cem homens; o servo aponta a impossibilidade (como os Apóstolos). Eliseu ignora a objeção e, confiado na Palavra de Deus, manda distribuir o pão. Ficam sobras, como no relato evangélico.
Podemos analisar mais algumas passagens que revelam grandes demonstrações sobre como se desenvolve o conhecimento acerca do universo, especialmente em relação ao planeta Terra. Em algumas delas, menciona-se a presença de seres angelicais e visitas a outros mundos, ou seja, mundos habitados por seres mais evoluídos que utilizam uma matéria mais sutil para sua existência no processo de aprendizado.
Na primeira Epístola de Paulo aos Colossenses há a menção de que o Criador fez todas as coisas, sejam visíveis ou invisíveis:
16 Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele.
17 E Ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por Ele.
Podemos afirmar, sem sombra de dúvidas, que a criação não se restringiu apenas às coisas visíveis, que são compostas por matéria densa conhecida pelos seres humanos nesta fase de evolução. Também há a presença de entidades de matéria sutil (invisíveis), as quais não são reveladas aos terráqueos neste estágio evolutivo. A frase “Há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha a nossa filosofia” é de William Shakespeare, uma famosa citação que aparece na peça “Hamlet”. Essa citação sugere que há muitas realidades e verdades no mundo que vão além da compreensão humana e do conhecimento filosófico.
Em 2 de Coríntios 12 encontramos estas escritas:
1 Em verdade que não convém gloriar-me; mas passarei às visões e revelações do Senhor.
2 Conheço um homem em Cristo que há catorze anos (se no corpo, não sei, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe) foi arrebatado ao terceiro céu.
3 E sei que o tal homem (se no corpo, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe)
4 Foi arrebatado ao paraíso; e ouviu palavras inefáveis, que ao homem não é lícito falar.
5 De alguém assim me gloriarei eu, mas de mim mesmo não me gloriarei, senão nas minhas fraquezas.
6 Porque, se quiser gloriar-me, não serei néscio, porque direi a verdade; mas deixo isto, para que ninguém cuide de mim mais do que em mim vê ou de mim ouve.
Podemos explorar outros tópicos do livro sagrado que afirmam que os habitantes do planeta Terra passarão por uma transição para um novo estado de existência. Nesse novo estado, seus corpos serão mais sutis e não estarão presos à matéria densa, como ocorre atualmente no planeta.
Os judeus costumavam dividir o céu em sete níveis distintos. Influenciados por essa concepção, alguns cristãos também sugerem uma divisão do céu espiritual em níveis diferenciados. Tópicos a seguir desenham as ideias expostas:
2 Pedro 3
12 Esperem a vinda do Dia de Deus e façam o possível para que venha logo. Naquele dia os céus serão destruídos com fogo, e tudo o que há no Universo ficará derretido.
13 Porém Deus prometeu, e nós estamos esperando um novo céu e uma nova terra, onde tudo será feito de acordo com a vontade Dele.
É interessante observar o livro do Apocalipse, que descreve a transição do estado evolutivo dos habitantes do planeta Terra para uma nova dimensão. Nessa nova realidade, os terráqueos viverão em um estado cuja matéria que os revestirá será mais sutil. Isso implica que o ser humano continuará sendo essencialmente o mesmo, mas passará a viver despojado do corpo físico que possui no momento atual.
O novo céu e a nova terra descritos no livro do Apocalipse do Novo Testamento Cristão, diz em seu capítulo 21 o seguinte:
21 Depois vi um novo céu e uma nova terra[a]. O primeiro céu e a primeira terra tinham desaparecido e o mar já não existia mais. 2 Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém[b], que descia do céu, da parte de Deus. Ela estava vestida como uma noiva enfeitada para o seu marido. 3 Então ouvi uma voz forte que vinha do trono, dizendo:
—Agora, a morada de Deus vai ser com os homens. Deus habitará com eles e eles serão povos de Deus. Então, o próprio Deus estará com eles e Ele lhes será por Deus. 4 Deus enxugará todas as lágrimas de seus olhos e a morte já não existirá mais. Não haverá mais luto, nem choro e nem dor, porque as coisas velhas já passaram.
Mais uma vez, é possível concluir que existem seres imersos em uma matéria sutil, a qual ainda é desconhecida pelo ser humano. Utilizo a expressão “imersos em matéria sutil” porque frequentemente afirmamos que o Espírito Divino é imaterial. Para que sua partícula possa se revelar àqueles que também estão envolvidos em matéria, ela deve estar sempre revestida de algum tipo de matéria, seja esta sutil ou densa. Como já mencionamos, esses novos seres serão os mesmos, mas agora revestidos com uma matéria mais sutil, cuja percepção sensorial se dará através dessa nova forma, deixando de lado a antiga morada e, assim, tornando-se impossíveis de serem vistos pelos “olhos da carne”.
Apenas uma curiosidade,: desde a infância, minha compreensão sobre o inferno e o céu sempre se fundamentou na ideia de que o inferno é, nada mais, nada menos, que a ausência da presença de Deus, enquanto o céu representa o estado de estar com Ele. Dessa forma, cheguei à conclusão de que o ser humano só encontra bem-estar quando vive de acordo com os princípios da harmonia, uma vez que Deus é a própria harmonia. Esse entendimento pode se refletir na vida após a morte, quando a pessoa se encontra destituída do corpo físico ou quando passar para o novo patamar onde viverá sem ele.
Na primeira fase de evolução, somente ao habitar o corpo físico é que se experimentam as sensações físicas por ele proporcionadas; ao se desvencilhar dele, a situação torna-se bastante diferente. O ser humano pode vivenciar sensações por meio do pensamento, e, assim, a realidade que lhe é apresentada será moldada pelo que pensa e acredita. Por exemplo, se alguém imagina estar no inferno, rapidamente surge em sua mente um local de sofrimento, onde tudo lhe parecerá real. Da mesma forma, se pensar que está em um lugar bonito, é assim que o verá.
Porém, cada ser humano que vive nesta primeira fase de evolução, ao passar de um estado para outro, ocorre uma ativação do pensamento, levando a um conhecimento mais profundo sobre os atos praticados. Isso se dá em razão de uma percepção mais aguçada em relação ao que está dentro ou fora da harmonia. Essa situação pode ser relacionada ao ditado popular em que a consciência pesa os atos realizados. A consciência, então, desempenha um papel determinante na escolha do ser humano sobre onde deve permanecer por um determinado período, até que ele reconheça que certos atos realizados foram contrários à harmonia. Assim, ao tomar consciência disso, poderá “sair” desse estado de sofrimento e se dirigir a ambientes mais agradáveis, buscando a companhia de seres que oferecem maior consolação do que aqueles que o acompanhavam no local onde permaneceu até se conscientizar sobre seus atos.
Podemos afirmar que os seres que habitam outros planetas, em um estágio de evolução mais elevado, se manifestam apenas como pensamentos. Aqueles que estão em uma fase inicial tendem a criar uma imagem que os identifique como possuidores de um corpo físico. Essa imagem que eles formam está restrita às possibilidades geradas em seu cérebro. Por isso, diz-se que existem extraterráqueos com diferentes formas; no entanto, essa representação é moldada pelo que a mente imagina, uma vez que o corpo físico é incapaz de perceber ou sentir a matéria que reveste um ser de outra dimensão.
Seres de dimensões mais avançadas possuem um maior poder de transmissão de seus pensamentos, pois aqueles que alcançaram um nível elevado de evolução estão menos influenciados pela matéria. Cristo, um ser de muito alta evolução, tinha certos poderes que o tornavam um exemplo de perfeição, capaz de realizar feitos considerados milagres por seus contemporâneos. Essas ocorrências aconteciam devido à sua extraordinária capacidade de determinação.
Os chamados milagres realizados por ele foram por ele mesmo explicados. Por exemplo, ao curar um cego, Ele disse: “A tua fé te curou”, o que revela uma condição intrínseca ao ser humano: a crença firme nos resultados do que foi pedido. Assim, uma infinidade de ocorrências indica esse caminho. Uma demonstração de sua capacidade de transmitir seu pensamento se manifesta na forma como conseguia influenciar os escolhidos, como ocorreu na transfiguração, quando se transformou em luz e apresentou dois profetas mencionados no Antigo Testamento.
A transfiguração de Jesus
(Mc 9.2-13; Lc 9.28-36)
17 Seis dias depois, Jesus chamou a Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago, e os levou em privado para um alto monte. 2 Ali, Jesus mudou a sua aparência diante deles: o seu rosto brilhava como o sol e as suas roupas se tornaram brancas como a luz. 3 De repente, Moisés e Elias também apareceram diante deles e ambos começaram a conversar com Jesus.
É possível estabelecer uma conexão de poder mental quando, após a perda do corpo físico, Ele “ressuscita” e aparece para muitas pessoas. Um exemplo disso é o momento em que, ao caminhar com os irmãos de Emaús, é reconhecido apenas quando chegam em casa, onde realiza uma celebração semelhante à da Última Ceia. Sua ascensão ao céu simbolizou para aqueles que o acompanhavam a existência de algo superior; dessa forma, essa subida representava sua partida para o céu, entendido como um lugar elevado, acima das nuvens.
Ao abordar o livro sagrado que narra a história do povo judeu, é possível observar no Antigo Testamento diversas descrições de eventos que evidenciam como seres de planetas mais avançados podem se manifestar e interagir com seres dotados de corpo físico. Nos dias atuais, também há muitos acontecimentos que servem para demonstrar suas existências, permitindo que a humanidade compreenda que realmente existem mais fenômenos do que aqueles explicados até o presente momento.
Um exemplo disso ocorreu com a aparição em Fátima, Portugal, onde três crianças foram protagonistas de um encontro extraordinário, que foi interpretado como uma visita da mãe do Mestre Jesus. É importante esclarecer que os seres extraterráqueos não se importam com as interpretações humanas sobre os fenômenos a eles relacionados. O que realmente importa é a demonstração de que existem muitas coisas além do que se relaciona ao mundo físico. A forma como os terráqueos atribuem significado a esses eventos não possui relevância para eles; o essencial é que tais ocorrências cumpram seu objetivo, que é evidenciar a existência de outros seres além dos habitantes da Terra. Jamais interferem na vontade dos terráqueos nem julgam qualquer um de seus atos.
Dessa forma, podemos afirmar que os seres extraterráqueos possuem seu próprio desenvolvimento e, quando visitam outros mundos, o fazem para auxiliar os demais seres em sua jornada evolutiva. O objetivo é que, um dia, essas criaturas alcancem a perfeição, que embora possa ser demorada, nunca é inatingível. Isso ocorre porque todas as criaturas são guiadas pelas regras da harmonia, que fornecem o caminho a ser seguido.
Seres que habitam outros orbes podem estar em um estágio evolutivo equivalente ao do homem terráqueo ou em patamares mais elevados. Portanto, é fundamental entendermos que seres mais avançados também têm procedimentos mais elevados. Eles colaboram com os necessitados, oferecendo ajuda, mas sem interferir em suas ações ou julgá-los. Cada individualidade possui seu próprio aprendizado, que a torna ciente dos resultados de suas escolhas.
É importante deixar claro que o caminho da evolução é extenso; após o primeiro estágio, essa trajetória será continuamente percorrida por todos, sempre com o intuito de auxiliar aqueles que necessitam em sua busca pela perfeição para a qual tudo foi criado. No dia em que o ser humano despertar para essas orientações, lhe será mais fácil encontrar o caminho da harmonia, e seu sofrimento será amenizado ao compreender que ele serve apenas para guiar a prática de seus atos, que devem sempre estar em sintonia com o contexto da harmonia.
Apesar de o ser humano estar avançando na primeira fase após a aquisição do livre-arbítrio, ele tem a oportunidade de ser acompanhado por uma infinidade de seres extraterráqueos que se dedicam incansavelmente para ajudá-lo a desenvolver sua jornada rumo à perfeição com menos sofrimento. Tudo no universo avança por essa estrada da evolução, até que se alcance a perfeição e se integre completamente ao Criador.
Apucarana, 24 de novembro de 2024
Caetano Zaganini