Neste capítulo, discutiremos a evolução espiritual, que consiste na elevação da consciência humana. Na prática, isso significa aprender a equilibrar emoções, sentimentos e pensamentos para que a individualidade possa desenvolver seu aprendizado de forma ideal como integrante dos elementos do planeta Terra.
Também discutiremos a evolução das individualidades em sua construção, passando do reino mineral para o reino vegetal e finalmente fixando-se no reino animal. Essa evolução está relacionada ao desenvolvimento do corpo físico usado pelas individualidades durante sua permanência no mundo físico para realizar seu aprendizado espiritual, ou seja, agir de acordo com as regras da Lei da Harmonia, numa primeira etapa de aprendizado evolutivo.
Além disso, conversaremos sobre a evolução intelectual que determina o nível de conhecimento adquirido a partir dos estudos da evolução física do planeta e da maneira como os indivíduos podem compreender sua estrutura e aproveitar esses mecanismos para desenvolver ferramentas que os auxiliem na conquista de meios de subsistência, comunicação e locomoção, buscando sempre seguir o princípio do menor esforço. Esse processo impulsiona a criatividade, a resolução de problemas complexos e a busca por soluções inovadoras, especialmente no âmbito físico.
O ser humano nasce, cresce, vive durante um determinado período e, em seguida, morre. Essa é a visão que a maioria das pessoas tem sobre a existência humana neste planeta. Há diversas maneiras de compreender essa vivência terrena. Religiões, filosofias, teologias, teosofias e estudos esotéricos apresentam diferentes interpretações sobre a passagem do ser humano pela Terra.
No Ocidente, a crença mais comum é a religiosa, que prega que o homem possui uma alma que, ao se separar do corpo após a morte, vai para um determinado lugar conhecido como céu ou inferno, e, para alguns, umbral e purgatório. Há ainda a crença de que existem seres que habitam o éter e que lá comandam o desenvolvimento do planeta Terra e de seus habitantes. Além disso, acredita-se que aqueles que se destacaram no planeta e agora são considerados seres iluminados viverão eternamente no éter para auxiliar os viventes da Terra. Esses iluminados descem ao planeta para realizar missões em benefício de seus habitantes.
Atualmente, há uma crescente necessidade de compreensão sobre o ser humano e sua trajetória. Muitos estudiosos têm feito afirmações que auxiliam na busca desse entendimento. Algumas religiões afirmam que, dependendo de suas ações, o homem pode, após a morte, ser destinado ao céu, ao inferno ou ao purgatório; além disso, há a possibilidade de que alguns possam ir para um lugar denominado umbral. A realidade, entretanto, é simples e de fácil entendimento quando buscamos seguir o caminho mais natural das coisas, sem a interferência daqueles que se apegaram a certos dogmas ou que se posicionam como os sábios e mais capacitados sobre o assunto.
Vamos analisar alguns exemplos: A questão do céu, que para alguns se resume à idéia de estar ao lado de Deus após a morte, implica uma permanência eterna nessa condição. Para outros, devido às suas ações incorretas, existe a possibilidade de serem enviados ao lugar denominado inferno, onde sofreriam incessantemente, sem qualquer oportunidade de escapar dessa situação, permanecendo lá por toda a eternidade. Outra concepção sobre o estado pós-morte é a do purgatório, onde os falecidos permaneceriam por um determinado período em expiação por seus pecados; após esse tempo, seriam admitidos no céu, onde se reuniriam com Deus e viveriam eternamente ao seu lado. Aqueles que fossem condenados ao inferno nunca teriam a chance de reencontrar Deus, e seu castigo seria, portanto, eterno.
Algumas religiões espiritualistas acreditam que certas pessoas, em virtude de suas ações, podem permanecer por um determinado tempo no umbral, um lugar de aprendizado onde buscam comportamentos mais adequados e se redimem de seus erros. Assim, teriam uma nova oportunidade de aprender a caminhar corretamente dentro dos princípios da harmonia. Dessa forma, entendemos que a compreensão atual da humanidade apresenta muitos vieses sobre como encaramos a realidade da vida, da morte e do que vem depois dela.
É imprescindível reconhecer que a criação divina é uma constante. Ela apresenta nuances pouco conhecidas pelas individualidades que estão no início de sua jornada; por isso, tudo parece complicado e dá a impressão de que alguém ou algo interfere em tudo que existe. No entanto, é fundamental compreender que tudo possui um início e um caminho rumo ao desenvolvimento, buscando alcançar a perfeição. Durante essa trajetória, pode haver, sim, algum tipo de interferência, mas isso se aplica às individualidades que já exercem o livre-arbítrio. Essas individualidades podem influenciar o comportamento das demais, gerando consequências, por vezes, desastrosas, mas que são necessárias para que entendam que suas ações não estão em harmonia com o todo.
É importante salientar que tudo se modifica dentro dos patamares adequados para que ocorra um verdadeiro aperfeiçoamento. Esse processo se inicia com a formação da individualidade e se estende por todo o trajeto de desenvolvimento, que nada mais é do que o aprimoramento das suas estruturas. O objetivo desse desenvolvimento é a apuração da matéria, que se dá por meio dos ciclos que a constituem. Esses ciclos têm início no mundo físico, caracterizado pela matéria densa, e vão até o alcance do máximo existente na matéria sutil. Quando isso acontece, a individualidade se torna apenas fagulha divina, separada de toda matéria e se recolhe novamente ao Criador, possibilitando, assim, sua expansão.
É necessário compreender que tudo segue um curso natural, e nada acontece de forma extraordinária; as coisas acontecem normalmente, sem qualquer interferência que altere essa trajetória de desenvolvimento. Apenas surgem dificuldades comuns, que permitem às individualidades reavaliar seu caminho em busca de aprendizado. Individualidades, grupos de individualidades e até mesmo a totalidade delas podem causar danos, como, por exemplo, ao planeta em que habitam, devido aos desmandos perpetrados pelo ser humano enquanto vive neste mundo.
Tudo o que ocorre está dentro da normalidade da construção universal; o que muda é a forma como cada individualidade aprende. O aprendizado deve acontecer dentro das condições necessárias e pode ser mais fácil ou mais difícil, assim como tudo o que fazemos. Quando uma pessoa opta por agir de maneira egoísta, acreditando ser mais sábia do que a sabedoria divina que está presente dentro de si, tudo se torna mais complicado, pois ela mesma cria obstáculos em seu caminho.
A individualidade, até o alcance do livre-arbítrio, é guiada por um programa instintivo que determina seu comportamento. Após adquirir essa capacidade, a individualidade poderá seguir voluntariamente as regras da harmonia e, assim, prestar auxílio às demais individualidades, ou poderá, alternativamente, obstaculizar seu próprio aprendizado. A diferença entre aqueles que possuem livre-arbítrio e os que ainda não o adquiriram reside no fato de que os primeiros podem oferecer ajuda de forma voluntária, enquanto os segundos são dirigidos pelas regras do instinto e, portanto, não têm essa oportunidade.
Quando o ser humano adquire o livre-arbítrio, começa a se considerar superior aos outros, o que gera certa intolerância entre aqueles que desejam se ver como mais importantes do que o próprio desenvolvimento da natureza. Essa perspectiva desclassifica o processo lento e natural do crescimento, fazendo com que a pessoa acredite ser mais capaz de se desenvolver rapidamente em comparação com a natureza. No entanto, é fundamental compreender que tudo possui seu próprio ritmo. Quando esse ritmo é quebrado, podem surgir problemas que, na verdade, atrasam ainda mais o desenvolvimento, em vez de acelerá-lo, do que se fosse seguido o curso adequado da natureza.
Tudo tem seu rumo e tempo certos para o desenvolvimento. No entanto, quando se tenta alterar esse ritmo, o que acontece é que ele continua sem nenhuma modificação; apenas a individualidade pode ter que percorrer caminhos mais dolorosos para se adequar ao ritmo do desenvolvimento da natureza. Nada é proibido à individualidade; ela pode conhecer tudo o que existe, mas não pode ignorar o desenvolvimento normal de tudo que ocorre.
Ela pode conseguir entender como as coisas funcionam, mas não consegue mudar essa dinâmica que é própria da construção universal. Haja interferência ou não, tudo caminha em direção à perfeição, conforme está inscrito na dinâmica universal. O que pode ocorrer é um aumento das dificuldades para que essa transformação aconteça; no entanto, ela possui um ritmo que não será quebrado. Tudo o que for realizado deverá obedecer a essas regras de condução dentro da lei da harmonia. Pode-se tentar romper os atos que ajudam as individualidades a se adequarem ao ritmo do desenvolvimento, mas elas estarão sempre sujeitas à lei da harmonia.
É importante ressaltar que tudo se desenvolve em um ritmo semelhante. No entanto, dentro desse processo, podem surgir nuances que proporcionam maior conforto ou desconforto. Ao final, esse desenvolvimento alcançará a perfeição. Nada existe sem propósito, tudo possui sua utilidade, e é por isso que a individualidade está sendo moldada; ela seguirá o desenvolvimento que justifica sua existência.
A ciência que expressa a evolução intelectual da individualidade também é importante porque ajuda na escolha da forma como essa pessoa se comportará, baseando-se em suas informações. Na realidade, a ciência serve como um apoio disponível para a individualidade quando esta não é capaz, por si mesma, de interpretar as respostas advindas de seus atos diários. A ciência pode esclarecer, por meio de diversas especialidades, como a medicina, questões como a origem de uma dor de estômago, uma dor de cabeça, um câncer e outras variantes de doenças, entre elas.
A ciência contribui para a compreensão da individualidade, esclarecendo as causas das dores e doenças e orientando sobre como agir para promover a cura. Os medicamentos, como o próprio nome sugere, servem para remediar situações, mas a verdadeira cura sempre se origina da individualidade, que possui dentro de si todo o poder do Criador. O que se faz necessário é descobrir como ativar esse mecanismo. Em algumas religiões, esse processo pode ser acionado por meio de um pedido a um santo, a uma entidade iluminada ou até mesmo diretamente ao Criador, ou a qualquer ser que lhe possa oferecer ajuda.
Nós sempre afirmamos que a doença, a dor ou o sofrimento são as rédeas que orientam o percurso da individualidade em direção ao caminho certo, ou seja, ao caminho da harmonia. Dessa forma, tudo que a ciência puder explicar beneficiará a individualidade em sua busca pela perfeição. A ciência elucida o funcionamento de todas as coisas, favorecendo a individualidade, pois, por meio desse conhecimento científico, ela pode prosseguir em suas jornadas rumo à harmonia.
O conhecimento científico, paradoxalmente, muitas vezes contribui para problemas que só podem ser resolvidos por meio de uma mudança de comportamento das individualidades. Um exemplo é o desmatamento e a poluição, que geram problemas climáticos e afetam diretamente a vida das pessoas. Outro caso é a devastação das florestas e o extermínio de certas espécies de animais silvestres, que muitas vezes são hospedeiros de determinados vírus. Com a destruição de seus habitats naturais, esses vírus são forçados a buscar novos locais para se estabelecer, que frequentemente incluem os próprios seres humanos. Muitos indivíduos não conseguem resistir a essa interferência. Essa dinâmica se evidenciou durante o surgimento da COVID-19, cuja pandemia resultou na perda de milhares de vidas.
Há algum tempo, algo inusitado ocorreu: um compatriota terráqueo, com seu esforço, inventou algo muito importante, um dos maiores feitos da humanidade: o avião, um objeto que até hoje é de suma importância para a civilização. Ao realizar essa criação, ele ficou tão desconcertado que decidiu interromper sua existência naquela ocasião, expressando seu medo de que seus semelhantes usassem seu invento para prejudicar os outros.
Sabemos que o avião é um meio de transporte sem igual, trazendo imensos benefícios para a humanidade. Santos Dumont, ao prever que sua invenção poderia ser utilizada para prejudicar outros seres, sentiu-se desesperado. Essa é uma realidade: além das vantagens que o vôo trouxe, também acarretou sofrimento a milhares de indivíduos, especialmente quando esse monumental meio de transporte foi utilizado para fins bélicos. A guerra está enraizada nas individualidades que priorizam seu egoísmo acima de tudo, acreditando serem superiores aos demais.
Assim, existem muitas outras ocorrências que podem afetar o ser humano como um todo. A ciência contribui para o desenvolvimento de aparelhos que podem ser utilizados de maneira harmoniosa. No entanto, muitas vezes a individualidade, portadora do livre-arbítrio, ignora que deve seguir um determinado caminho que a conduza à prática da harmonia e acaba se perdendo na desarmonia. Em certas ocasiões, essa própria desarmonia pode, paradoxalmente, auxiliar na identificação de situações que levem a individualidade a buscar o caminho correto sob as asas da harmonia.
O mundo espiritual é o local onde as individualidades, despidas do corpo físico, fazem um estágio de organização de seu aprendizado. Nele, reúnem-se individualidades de orientação que ajudam a escolher como desenvolver a conduta de seus atos na próxima vinda ao mundo físico. As individualidades ao deixarem o corpo físico, seguem em direção ao mundo espiritual.
A chegada ao mundo espiritual de cada indivíduo vai depender do seu grau de evolução no momento do desenlace. Esse local está situado no planeta e pode estar mais próximo ou mais distante da superfície terrestre. Quanto mais próximo da crosta terrestre, mais pesado é o elemento astral. Isso faz com que o clima energético fique mais carregado e determine as condições mais rústicas para que os espíritos que precisam enfrentar atividades desafiadoras possam fazer suas experiências e desenvolver a coragem para lidar com novos desafios em sua próxima jornada no mundo físico.
Próximo à crosta terrestre, o campo energético se utiliza do elemento mais denso com o objetivo de atrair indivíduos que ainda estão em estágios iniciais de evolução espiritual. Esses indivíduos, por meio de seus campos energéticos, buscam lugares onde possam se aprimorar. Ao chegarem nesses locais, criam ambientes propícios para o desenvolvimento de suas atividades, visando compreender novas formas de agir, distintas das praticadas até então.
O mundo espiritual é formado por uma matéria mais sutil, na qual se desenrola uma forma diferente de construção de coisas em relação ao mundo físico. Nesse ambiente, tudo é formado por essa matéria sutil e sua construção se opera através da vontade determinada pelo pensamento. É por isso que as construções que demonstram mais rusticidade estão localizadas mais próximas ao planeta. Já as individualidades que possuem um melhor conhecimento e são capazes de prestar auxílio aos que menos sabem estarão mais distantes.
No mundo espiritual, existe um intenso trabalho de ajuda destinado a atender os necessitados de orientações, as quais suas próprias existências acumularam. Dessa forma, é estabelecido como agir para retornar ao mundo físico e tirar proveito das situações para desenvolver o trabalho de aprendizado. Nas esferas mais elevadas, encontram-se as individualidades que já desfrutam de certa evolução e que estão organizando esse mundo espiritual, orientando os novos trabalhadores da seara divina. Neste mundo astral, existe uma hierarquia nos conhecimentos que se delineia através do estado evolutivo de cada um. Quanto mais evoluída a individualidade, maior capacidade possui para orientar aqueles que irão realizar o trabalho de ajuda inicial nesse nível.
No plano astral, existem individualidades que orientam aqueles que farão o mergulho no mundo físico. Essa orientação ocorre durante a permanência no plano astral, e os orientadores procuram desenvolver temas que possam ajudá-los a compreender a melhor forma de agir enquanto estiverem encarnados. Não há muita diferença entre um mundo e outro, exceto pelo fato de que no mundo astral existe uma melhor estruturação em relação àqueles que trabalham na grande seara celeste com o propósito de auxiliar aqueles que têm menos conhecimento dessa realidade.
Os instrutores não fornecem informações errôneas, pois eles possuem plena convicção do que estão ensinando, fruto de muito estudo. A transmissão ocorre com sinceridade e precisão, sem margem para erros nos enunciados.
No mundo astral, o trabalho está mais focado nas potencialidades internas, uma vez que não há restrições do corpo físico para as ações mais espirituais. Em decorrência da ausência do corpo físico, todas as ações se direcionam para um aprendizado mais intelectual, o que permite abordar o assunto de forma mais direta. Vale ressaltar que no mundo astral não há sensações associadas ao corpo físico, como fome, sede, cansaço e necessidade de procriação para aqueles que alcançaram determinado nível de evolução mais elevado. No entanto, para os demais, mesmo sem o corpo físico, é possível experimentar tais sensações e necessidades como se ainda estivessem presentes.
Estes indivíduos ainda sentem a necessidade de ter um abrigo, se alimentar, tomar remédios, descansar, entre outras necessidades, mesmo estando mais ligados a absorver novos conhecimentos na convivência com as diversas personalidades que atuam como orientadores. Esses orientadores buscam acolher aqueles que deixam o corpo físico e ingressam no mundo espiritual, orientando-os sobre sua chegada a esse novo ambiente, diferente do que viviam anteriormente. Todas as orientações são direcionadas aos que as solicitaram ou por pedidos de outras pessoas com afinidade. Da mesma forma, através da afinidade, os encarnados podem prejudicar o processo de evolução dos que já partiram para o plano astral, uma vez que ali existe a comunicação mais focada no pensamento.
Dependendo do nível de evolução, aqueles que reentrarem no mundo espiritual e se encontram menos evoluídos, rumarão para o lugar que lhes pareça mais adequado, em que as individualidades que já vivem mais próximas da crosta terrestre os atraem para seus redutos, onde existe a formação de locais adequados a esses aprendizes. É possível estabelecer certa comparação entre as individualidades que escolhem o local para se encontrarem no mundo espiritual e aquelas que vivem no mundo físico, onde umas se sentem bem frequentando bares e locais similares, outros buscam apenas os divertimentos considerados escusos para se aglomerarem. Há também os que procuram um templo religioso para se encontrarem, e ainda os que buscam pessoas que se dedicam ao misticismo e à natureza.
Assim também ocorre no mundo astral, uma vez que as individualidades têm a oportunidade de escolher o local onde melhor se adaptam. Para aqueles que estão em um nível evolutivo que demonstra pouco conhecimento, o sofrimento os direcionará a buscar um lugar melhor para conviver. Com o corpo físico vestido, a dor os motivará a buscar um comportamento mais harmônico. Sem a vestimenta física, também ocorrerá o sofrimento, para que possam encontrar uma maneira de melhorar seus pensamentos e encontrar meios de aprimorar a prática de seus atos em busca da harmonia. Para aqueles que possuem um nível maior de evolução, o conhecimento os conduz a encontrar locais onde o sofrimento é menor, permitindo assim que alcancem a tranquilidade necessária para continuar seu aprendizado.
Assim, podemos dizer que tanto no mundo físico quanto no mundo astral, tudo é semelhante, sendo a única diferença que no mundo astral as sensações operam de forma mais direta no espírito, enquanto no mundo físico as sensações partem do corpo físico para alcançar o espírito. Portanto, no mundo astral, o aprendizado é mais direto e contribui para um desenvolvimento evolutivo mais rápido. Nesse sentido, as individualidades no mundo astral têm acesso mais livre às informações armazenadas em seus arquivos de memória espiritual, pois estão livres da vestimenta carnal. Enquanto no mundo físico, os arquivos de memória estão restritos às experiências durante a vida física.
No plano físico, existe um ditado popular que diz que você é o que você pensa. Na realidade do mundo astral, essa ideia se aproxima, pois lá a individualidade sempre encontrará um ambiente adequado para seu desenvolvimento. As pessoas que estão no mesmo nível evolutivo tendem a se atrair e a compartilhar experiências para a evolução mútua. Quando uma individualidade precisa de companheiros para seu desenvolvimento evolutivo, ela busca aqueles que possam proporcionar as condições necessárias para seu aprendizado.
Muitos missionários recentemente encarnados buscaram, com o auxílio de individualidades que vivem no mundo astral, esclarecer um pouco sobre essa realidade extra física. Eles escreveram, por meio da psicografia, centenas de livros que contam histórias de seres que já passaram pelo mundo físico e agora estão do lado de lá, fornecendo informações sobre essa realidade astral.
Assim como há diversas individualidades presentes aqui com seus corpos físicos, também existem individualidades lá que servem como ponte entre os dois mundos. São dotadas de habilidades de comunicação entre esses dois planos, com o objetivo de compartilhar informações que permitam a todos vislumbrar um pouco da realidade da construção universal e entender como ocorre o desenvolvimento em busca da perfeição, que está no cerne da expansão da criação divina.
Para que essa comunicação ocorra, muitas vezes é necessário que as individualidades que se comprometeram, quando estavam no mundo astral, a fazer a ponte para facilitar o desenvolvimento, se preparem. Isso ocorre porque o planeta está passando por uma fase de transformação evolutiva para um patamar mais elevado, tornando necessário acelerar o ensinamento para que o aprendizado ocorra de forma mais rápida.
Faz parte desse mister a escolha de indivíduos que estejam dedicando-se com afinco às transmissões de conhecimento, a fim de amenizar o sofrimento adquirido pela humanidade ao longo de sua história marcada por atos desarmônicos. Dessa forma, é possível compreender o valor do aprendizado por meio da prática de atos harmônicos, proporcionando uma jornada menos dolorosa e auxiliando no entendimento do caráter educativo do sofrimento.
É importante ressaltar que é o campo energético que aproxima as individualidades umas das outras, seja por necessidade de aprendizado ou para prestar apoio à caminhada delas. No mundo astral, cada uma busca realizar sua programação de acordo com as dificuldades que precisa superar. Quando estamos fisicamente presentes, o campo energético guia nosso caminho, levando-nos aos lugares certos e às pessoas necessárias para o sucesso de nosso aprendizado.
Muitas individualidades vêm ao mundo físico com a vontade de usar seu instrumento físico para beneficiar outros, mas acabam perdendo a orientação harmônica. Utilizam seus “poderes” em benefício próprio ao invés de ajudar os semelhantes, desviando assim de seu propósito original. Ao retornarem ao mundo astral, percebem seus erros e, ao voltarem ao mundo físico, percebem que perderam esses poderes. Devem então enfrentar dificuldades para reconhecer que agiram de forma equivocada, causada pelo orgulho.
Nem todos os que retornam ao mundo físico conseguem completar o aprendizado proposto, pois muitos não encontram a força necessária e acabam desistindo dessa jornada, o que acarreta em mais problemas devido à desistência. Nestes casos, é possível observar os suicídios, que podem se manifestar de diversas formas, como abusos no uso de medicamentos, substâncias químicas, drogas, ou até mesmo através de atitudes que levam à completa desistência. Outra possibilidade é o suicídio por meios mais explícitos, como o uso de armas ou outros métodos para interromper a vida no mundo físico.
Toda vez que uma individualidade se propõe a vir ao mundo físico, ela se prepara para enfrentar os desafios que surgirão em seu caminho, os quais deverá superar para assimilar o seu aprendizado. Esse preparo vai determinar como irá lidar com os obstáculos que servirão como provas para superar os resultados de suas ações praticadas nesta ou em vidas anteriores, as quais surgiram de suas escolhas cotidianas que estavam em desacordo com a lei da harmonia. Como é sabido, toda ação provoca uma reação e consequentemente, essa reação é considerada como prova.
Ao se propor a receber um corpo físico, a individualidade estará completamente imersa nas condições em que será recepcionada, por meio de um genitor e uma genitora que estarão à sua disposição para lhe dispensar o necessário cuidado até que possa agir sozinha e enfrentar os obstáculos a que se propôs, a fim de efetivar o seu aprendizado evolutivo. Essa individualidade formará toda uma vivência que será arquivada em seu cérebro, preparado para isso. A partir dessa formação, poderão ser estimuladas ações que reforcem o conhecimento evolutivo, tanto para atos em harmonia quanto para atos que vão contra a harmonia.
Essa nova experiência na carne terá suas próprias nuances. Começará a moldar um novo conceito de vida dentro dos ambientes em que for inserida, através do campo energético que servirá como guia. Terá início no momento da união do espermatozóide com o óvulo, a partir desse instante a individualidade estará pronta para iniciar sua jornada nesse novo modelo de existência. Em questão de segundos após essa fusão, a individualidade se transformará em um novo ser, capaz de aproveitar todas as potencialidades que o corpo físico lhe oferecerá para que possa evoluir diante dos desafios que surgirão no caminho, proporcionando suporte necessário para o aprendizado contínuo.
Este novo ser, desde o início de sua existência, possui a mesma importância que os seres que já existem há mais tempo. Portanto, qualquer ação tomada contra esse ser iniciante resultará em consequências adequadas à sua natureza, ou seja, as consequências de um ato desarmônico em sua totalidade. Isso pode levar o praticante do ato a enfrentar com mais dificuldade as experiências destinadas ao seu aprendizado evolutivo.
Portanto, é essencial considerar o nível de responsabilidade que deve ser assumido em relação a qualquer novo ser que surge através da união de duas individualidades para realizar um processo de aprendizado. Sua completude ocorre no momento da fecundação, uma vez que o espírito que utilizará aquele instrumento físico possui existência milenar. Atualmente, na evolução da humanidade terrestre, existe a idéia equivocada de que, se a gravidez for interrompida até certo período, não acarretará consequências, o que não é verdade, pois a vida se inicia exatamente no momento da união do óvulo com o espermatozoide. Assim, podemos afirmar sem sombra de dúvida que a responsabilidade para com esses seres em desenvolvimento é a mesma que se deve ter com qualquer individualidade que já ultrapassou a vida intrauterina e está agora vivendo seu desenvolvimento fora do útero materno.
Assim como existe uma desvalorização da vida dos reencarnantes dotados de livre arbítrio, também poderá surgir a desvalorização da vida das individualidades de outros reinos, como o mineral e o vegetal, considerando também aqueles pertencentes ao reino animal que ainda não adquiriram o livre arbítrio. Cada criatura tem suas necessidades e, antes do livre arbítrio, estas agem sempre de acordo com o programa instintivo, nunca desestabilizando as outras formas de vida, seja de qual reino for.
O mundo espiritual é o local e a fonte mais importante para o desenvolvimento das individualidades criadas com a finalidade da perfeição, que é a síntese do Criador. Tudo é coordenado pelas individualidades que trabalham incansavelmente nesse lugar de partida para o desenvolvimento do planeta na sua caminhada rumo à evolução, oportunizando os meios para que todas as individualidades que necessitam de ajuda possam receber as benesses desses missionários.
O mundo espiritual se forma através de individualidades que já se encontram na segunda fase de evolução, ou seja, são seres com um nível mais avançado de evolução, possuindo conhecimentos superiores aos habitantes atuais do planeta Terra. Esses seres são sempre originários de outro planeta e vêm ao planeta iniciante com o propósito de preparar o mundo espiritual. São essas entidades que inicialmente organizam o plano espiritual, fornecendo suporte às novas individualidades em sua jornada. Com o tempo, as individualidades que começam sua jornada no planeta se aprimoram, tornando-se capazes de auxiliar no desenvolvimento dessa organização e implementar meios de prestar assistência de acordo com os planos das entidades organizadoras. Elas assumem todo o trabalho que anteriormente era realizado pelos seres provenientes de outro planeta, que estão ali para iniciar essa organização.
Todo o trâmite dessa forma de organização é necessário para que se chegue ao desenvolvimento do planeta e de seus habitantes. Nada existe em vão. Tudo é exatamente necessário para que se opere essa caminhada rumo ao espírito do Criador. Aquilo que acontece ou deixa de acontecer tem sempre uma finalidade real e sumamente importante dentro dessa grande obra criadora. Nada acontece aleatoriamente, tudo ocorre dentro da necessidade de cada um, portanto afirmamos que nada acontece por acaso, mas sim devido ao desencadear da vontade de alguma individualidade. Nada acontece que não esteja dentro do projeto criador.
Todas as individualidades devem estar conscientes de que tudo o que existe está intimamente ligado ao Criador, tornando assim a importância de cada indivíduo dentro da constituição universal fundamental. Na realidade, tudo está conectado em uma rede da vida universal. Dessa forma, podemos concluir que tudo é parte de um único todo, pois faz parte do conjunto criativo divino.
O mundo espiritual faz parte da organização universal e existe em todas as fases evolutivas, adaptando-se às necessidades de cada fase. No início do desenvolvimento das individualidades, os organizadores do mundo espiritual amparam essas individualidades até que desenvolvam o livre arbítrio. A partir desse momento, o mundo espiritual pode ser comparado a um local onde os trabalhadores são preparados e instruídos para realizar suas tarefas. Da mesma forma, no mundo espiritual, as individualidades que lá estão se preparando para prestar auxílio aos necessitados, recebem de seus instrutores as orientações sobre como agir, respeitando as ações necessárias para guiar as idas e vindas das individualidades ao plano físico, no caso da primeira fase de evolução.
Na primeira fase de evolução no plano espiritual, esses trabalhadores já orientados exercerão suas atividades auxiliando os necessitados a compreender o significado da encarnação e como podem aproveitá-la para adquirir conhecimento. É essencial notar que somente através do sofrimento eles descobrirão a forma correta de agir, de modo a se alinharem com a lei da harmonia.
No mundo espiritual, as individualidades têm as mesmas curiosidades em relação ao mundo físico. Sempre há a vontade de saber o que ocorre após a morte e o que acontece com aqueles que deixaram a carne, para onde seguirão e o que lhes acontecerá. Tudo isso parece um mistério, pois poucas individualidades são capazes de entender o caráter educativo desse “mistério”. Por exemplo, no mundo físico, as individualidades constroem histórias sobre a vida após a morte e o local onde deverão permanecer, como prêmio ou castigo. Todas essas conjecturas surgem devido ao livre arbítrio de cada um. O livre arbítrio é a liberdade que possuem para pensar no que quiserem, com o objetivo de buscar a sabedoria divina, na qual tudo está imerso. Essa curiosidade é necessária para a descoberta da sabedoria divina.
Cada vez que se exercita o corpo físico, ele se fortalece. Da mesma forma, é necessário reforçar a mente para descobrir o que existe dentro de nós, em relação à sabedoria divina. Esse exercício é essencial para que as individualidades possam se libertar da matéria densa que as envolve, permitindo assim que se libertem de suas limitações e descubram as grandezas do Criador que reside em cada uma.
Essa sabedoria é revelada gradualmente e algumas pessoas têm mais facilidade de aprendizado devido aos diferentes caminhos que seguiram, permitindo que acessem as informações mais rapidamente. No entanto, todas têm a capacidade de buscar o conhecimento. Muitas vezes, ao buscar, as pessoas constroem suposições e as consideram verdades absolutas, desenvolvendo convicções errôneas sobre espiritualidade e a vida universal. Por outro lado, indivíduos interessados nessa busca pelo “mistério” formam grupos de estudo nos quais desenvolvem suposições com o objetivo de compreender o grande mistério da criação.
Todas essas atividades são exercícios que proporcionam aprendizado e desenvolvimento de teorias, levando as individualidades a encontrarem na trama universal a simplicidade do que cada uma vai passar. No universo, tudo segue um destino que é a perfeição que as levará de encontro à sua fonte original, o Criador. Como já foi mencionado, algumas individualidades, tomadas pelo orgulho, passam a se ver como mais importantes do que as outras e, dessa maneira, manipulam a realidade, promovendo verdadeiras lavagens cerebrais em busca de sua própria vaidade. Assim, constroem ficções que podem levar muitas outras individualidades a buscar informações erradas sobre o ser humano.
Também existem aquelas individualidades que, despidas do orgulho, passam a entender verdadeiramente o que é o homem e o motivo de sua existência. Dessa forma, procuram elaborar orientações para que seus semelhantes possam encontrar as respostas mais adequadas. São esses que ajudam a desmascarar a ignorância implantada por algumas individualidades que se utilizam da ignorância alheia, sabendo que podem prejudicá-las em seu desenvolvimento espiritual. No entanto, essas individualidades ficarão sujeitas às leis da ação e reação, que lhes cobrarão um preço justo por suas atitudes.
Aos poucos, os seres humanos estão se dando conta do que realmente existe de misterioso nesse desenvolvimento universal. Eles podem se tranquilizar e tranquilizar os demais na busca eterna da sabedoria divina que está dentro de cada individualidade. Essa sabedoria só vai sendo desvendada com a retirada da matéria que envolve essa fagulha divina, o que ocorre somente por meio do aprendizado que os leva a agir de acordo com os ditames da lei da harmonia a que todos estão submetidos.
O mais importante para esclarecer dúvidas está no fato de que as pessoas possam conduzir seus estudos utilizando todas as informações disponíveis sobre o desenvolvimento humano, além de se beneficiar do conhecimento transmitido por indivíduos mais evoluídos. Essas informações representam um serviço especial dedicado à humanidade, ajudando a resolver questões relacionadas à própria existência.
Muitos seres de outros planetas procuram estabelecer contato com os humanos, no entanto, infelizmente, não são compreendidos da maneira adequada. Ao invés disso, são vistos como inimigos, acreditando-se que buscam apenas causar mal aos habitantes da Terra. Como resultado, muitos estudiosos que tiveram esses contatos ou foram informados por aqueles que os tiveram, acabam criando elaboradas histórias que levam a humanidade ao desconhecimento sobre a existência de seres de outros planetas capazes de esclarecer as dúvidas de muitos buscadores. É comum que eles façam deduções e formem suposições sobre certos eventos relacionados a essas entidades extraterrestres, o que acaba prejudicando a continuidade do processo de aprendizado.
Muitas individualidades ou grupos delas aproveitam determinadas situações para satisfazer seu próprio ego e construir uma história fantasiosa em benefício próprio, em detrimento da maioria que busca a verdade. A dificuldade de acreditar na realidade cósmica reside no fato de que o mundo espiritual é habitado por individualidades sem corpo físico, o que dificulta o intercâmbio de informações de maneira adequada. Tudo o que é feito através do pensamento é enigmático para os ignorantes, o que torna muito difícil desvendar os mistérios que, na verdade, são apenas situações diferentes.
No momento atual, os terráqueos estão tendo a oportunidade de conhecer adequadamente os “mistérios” da existência universal, no entanto, ainda fantasiam demais sobre coisas que na realidade são simples e de fácil compreensão. Basta focar mais na simplicidade e não na complexidade, que leva à fantasia.
No mundo físico, a individualidade nasce, desenvolve seu corpo e forma sua personalidade. Tudo isso ocorre dentro de um contexto e é resultado do que a pessoa viveu e experienciou ao longo de sua existência no corpo físico. Tudo o que acontece durante sua estada no mundo físico contribui para seu desenvolvimento intelectual, de modo que a individualidade carrega as informações que aprendeu ao longo desse período de tempo.
Assim como no mundo físico, no mundo espiritual também ocorre o nascimento da individualidade quando ela se despe do corpo físico e adentra esse mundo espiritual. Enquanto no mundo físico a individualidade nasce, cresce e se desenvolve ao longo do tempo, no mundo espiritual o nascimento se dá após o desenlace carnal, momento em que a individualidade inicia sua trajetória naquele plano, levando consigo os dados físicos adquiridos na vida terrena. Neste novo ambiente, não há a necessidade do corpo físico, sendo que a individualidade se manifesta como criança ou idoso, de acordo com sua experiência anterior. No mundo espiritual, a individualidade apenas dá continuidade à sua existência, tendo a oportunidade de ter uma visão mais ampla do que ocorreu durante sua estada no mundo físico.
No mundo espiritual, ela conta com esclarecedores que a auxiliam a compreender o caráter educativo de sua passagem pelo mundo físico. Lá, o aprendizado intelectual ocorre de maneira semelhante ao que ocorre no mundo físico, sendo que aqueles que possuem mais conhecimento buscam esclarecer aqueles que possuem menos conhecimento. Tudo isso é feito levando em consideração a necessidade da individualidade, pois é o campo energético de cada uma que irá levá-la, de acordo com sua evolução, entendida como compreensão, ao local adequado para realizar seu aprendizado naquela oportunidade.
Assim como no mundo físico, no mundo espiritual também existem os chamados “fenômenos misteriosos” relacionados ao comportamento das individualidades, principalmente na concepção daqueles menos esclarecidos. Isso ocorre frequentemente na forma de comunicação com membros do outro plano e na maneira como são compreendidos. As comunicações no mundo espiritual são todas realizadas por meio do pensamento, enquanto no mundo físico ocorrem por intermédio do instrumento que a individualidade utiliza no momento da comunicação, sendo a forma de comunicação dependentes da capacidade desse instrumento. Tanto no mundo espiritual como no mundo físico, a compreensão dos “fenômenos misteriosos” acontece de forma semelhante.
Como já mencionamos, as individualidades, dependendo de sua evolução, serão hospedadas no mundo espiritual em locais onde possam atender às suas necessidades para assim realizarem seu aprendizado. Algumas individualidades, que possuem maior conhecimento evolutivo, sempre buscam transmitir esses conhecimentos às demais, com o intuito de ajudá-las a se aperfeiçoarem. Por outro lado, outras individualidades, com um nível evolutivo mais baixo, aproveitam-se daquelas que estão ao seu redor para satisfazer suas vontades, muitas vezes por desejos insensatos, utilizando-os com o fito de fazer provocações. Esse tipo de comportamento é observado em individualidades que também possuem essa mesma necessidade e que, se tivessem mais compreensão sobre como proceder, fariam o mesmo com outras individualidades.
Todas as peças dos quebra-cabeças são sempre as mesmas, combinando necessidade com disponibilidade. Todas as individualidades sempre estarão próximas daquelas que normalmente estão no mesmo nível de evolução para se complementarem nos trabalhos de aprendizado, de acordo com a necessidade de cada uma. Também pode acontecer que certas individualidades fiquem próximas umas das outras, mesmo estando em níveis diferentes de evolução, porque estão ali para ajudar aquela individualidade que precisa de suporte. Além disso, pode ocorrer que a individualidade protegida não perceba essa missão e tente evitá-la por se achar em um nível diferenciado.
Tudo segue o seu rumo certo de caminhada e nada acontece por acaso. Tudo tem uma finalidade, embora esta possa não estar explícita. As forças divinas sempre estarão presentes, auxiliando no desenrolar do aprendizado de cada individualidade. É importante saber que todas as coisas ocorrem de acordo com a vontade de cada individualidade. Algumas podem acelerar o aprendizado, enquanto outras podem atrasá-lo, tudo devido ao livre arbítrio de cada uma. Tudo acontece no tempo certo e de acordo com a vontade de cada uma. Essa é a grande liberdade proporcionada pelo Espírito Divino a tudo o que ele criou.
Em conclusão, podemos afirmar que tudo o que representa o mundo espiritual é também observado no mundo físico, onde todas as individualidades se aprimoram no conhecimento que as conduzirá à fonte criadora. O mundo espiritual pode ser comparado a um lugar para o qual a individualidade chega após uma longa jornada, como descrito em um dos capítulos do livro “A Dinâmica do Universo”, do mesmo autor. Nesse local, a individualidade terá, com a ajuda dos trabalhadores daquele ambiente, a oportunidade de analisar sua viagem anterior, identificando os entraves e as dificuldades enfrentados, bem como as soluções encontradas para os problemas surgidos ao longo do percurso. Este é o espaço propício para planejar os próximos passos em uma nova jornada em busca do aprendizado evolutivo.
Portanto, podemos afirmar que o mundo espiritual é a peça complementar e indispensável que estará disponível para todas as individualidades se aprimorarem e caminhar em direção à Fonte Criadora, integrando-se a ela conforme o que foi estabelecido em sua criação, a fim de contribuir para a expansão do Criador.
Apucarana, agosto de 2024
Caetano Zaganini